NEJM: terapia antirretroviral de curta duração, após o diagnóstico do HIV, pode ajudar a preservar o sistema imunológico
Um curso rápido de terapia antirretroviral para o vírus1 da imunodeficiência2 humana pode atrasar a progressão da doença, mas ainda não foi adequadamente avaliado. Com o objetivo de estudar tal hipótese, o estudo SPARTAC, publicado pelo The New England Journal of Medicine, mostrou que este tipo de terapia pode atrasar a progressão da doença.
Um total de 366 participantes (60% homens) com infecção3 primária pelo HIV4 foi aleatoriamente dividido para receber um dos tratamentos abaixo:
- 123 participantes: terapia antirretroviral de curso rápido (ART) durante 48 semanas.
- 120 participantes: ART durante 12 semanas.
- 123 participantes: nenhuma ART (tratamento padrão), com tratamento iniciado dentro de 6 meses após a soroconversão.
A média de acompanhamento dos participantes foi de 4,2 anos.
Os resultados mostraram que um curso de ART de 48 semanas preserva a contagem de células5 CD4 mais elevada e a carga viral muito menor, comparados ao tratamento padrão. Além disso, o benefício persiste depois de ter sido interrompido o tratamento, segundo o professor Jonathan Weber, do Imperial College London.
O estudo acrescenta evidências crescentes de que o início precoce do tratamento do HIV4 é um benefício para o indivíduo na prevenção de doença grave e na redução da infecciosidade aos seus parceiros sexuais, mas o custo do tratamento representa um problema real.