Novas orientações de manejo clínico para Chikungunya publicadas pelo Ministério da Saúde
A Chikungunya é uma doença nova. O Governo Federal pretende que este novo guia funcione como uma base de consulta para que os profissionais de saúde1 tenham capacitação para prestar uma assistência mais qualificada às pessoas que apresentarem a patologia2, avaliando bem os casos no país e abordando adequadamente as três fases de evolução da doença: aguda, subaguda3 e crônica.
Veja o guia completo no site do Ministério da Saúde1: “Guia de Manejo Clínico para Chikungunya”.
O novo manual incorpora a experiência dos profissionais de saúde1 brasileiros, ajuda a diferenciar com mais precisão um caso de Chinkungunya de outros agravos suspeitos e iniciar imediatamente o tratamento mais adequado. Outro destaque é o manejo terapêutico da dor, com informações sobre os medicamentos mais indicados em cada condição clínica e os cuidados a serem adotados de acordo com a situação clínica do paciente.
Segundo informações do Ministério da Saúde1, a doença pode evoluir em três fases: aguda, subaguda3 e crônica. Após o período de incubação4, inicia-se a fase aguda ou febril, que dura até o décimo dia. Alguns pacientes evoluem com persistência das dores articulares após a fase aguda, caracterizando o início da fase subaguda3, com duração de até três meses. Quando a duração dos sintomas5 persiste além dos três meses, a doença atinge a fase crônica. Nestas fases, algumas manifestações clínicas podem variar de acordo com o sexo e a idade. Exantema6, vômitos7, sangramento e úlceras8 orais parecem estar mais associados ao sexo feminino. Dor articular, edema9 e maior duração da febre10 são mais prevalentes quanto maior a idade do paciente.
Em relação aos medicamentos, até o momento, não há tratamento antiviral específico para Chikungunya. A terapia utilizada é de suporte sintomático11, hidratação e repouso. Os anti-inflamatórios não esteroides (ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco, nimesulida, ácido acetilsalicílico, associações, entre outros) não devem ser utilizados na fase aguda da doença, devido ao risco de complicações renais e de sangramento aumentado desses pacientes. A aspirina e os corticosteroides também são contraindicados na fase aguda pelo risco de síndrome12 de Reye e de sangramentos. Para as dores, o documento recomenda 14 medicamentos para os diferentes tipos, desde as mais leves até as mais intensas, persistentes ou incapacitantes.
Todo caso suspeito de Chikungunya deve ser notificado ao serviço de vigilância epidemiológica, conforme fluxo estabelecido em cada município. Já os óbitos suspeitos são de notificação imediata. Os profissionais devem comunicar às Secretarias Municipais de Saúde1 em até, no máximo, 24 horas.
Leia sobre "Febre10 chikungunya", "Zika vírus13", "Dengue14" e "Síndrome12 congênita15 do Zika".
Fonte: Ministério da Saúde1, em 23/12/2016