Níveis mais elevados de ocitocina e depressão passada podem prever gravidade dos sintomas depressivos no pós-parto
Pesquisadores do Department of Psychiatry and Behavioral Sciences, na Northwestern University Feinberg School of Medicine, examinaram as concentrações de ocitocina1 no plasma2 e a gravidade dos sintomas3 da depressão no pós-parto (DPP) em mulheres que não estavam deprimidas durante a gravidez4 e se estas concentrações diferiam com a história prévia ou não de transtorno depressivo maior (TDM).
Foram avaliadas a história psiquiátrica e a ocitocina1 plasmática em 66 mulheres grávidas saudáveis no terceiro trimestre e os sintomas3 depressivos em seis semanas após o parto. A análise de regressão linear foi utilizada para examinar a ocitocina1 e a gravidade dos sintomas3 de DPP e a moderação de ocitocina1 e DPP de acordo com a história prévia ou não de transtorno depressivo maior.
Mulheres com (n=13) e sem (n=53) passado de TDM diferiam no terceiro trimestre na gravidade dos sintomas3 da DPP, mas não no nível de ocitocina1, fatores demográficos ou nos resultados do parto. Controlando os sintomas3 depressivos no terceiro trimestre, o nível de ocitocina1 não estava relacionado à gravidade dos sintomas3 da DPP.
No entanto, o nível de ocitocina1 interagiu com o passado de TDM para prever a gravidade dos sintomas3 da DPP (p=0,003). Níveis mais elevados de ocitocina1 puderam prever uma maior gravidade dos sintomas3 de DPP em mulheres com passado de TDM (p=0,019), mas não em mulheres sem passado de TDM (p=0,216). A replicação deste estudo em uma amostra maior e os desafios metodológicos devem ser discutidos para melhor avaliar os resultados encontrados.
Fonte: Archives of Women's Mental Health, publicação online, de 8 de março de 2016