Ácido fólico pode diminuir o risco de Alzheimer
Publicado no Alzheimer1's and Dementia - The Journal of the Alzheimer1's Association - e realizado por especialistas do US National Institute on Aging, o estudo consta da análise dos dados dietéticos de 579 pessoas com 60 anos ou mais do Baltimore Longitudinal Study of Aging, com o objetivo de identificar a relação entre fatores dietéticos e risco de doença de Alzheimer2.
Nenhum dos participantes mostrava sinais3 de demência4 quando o estudo começou. Os especialistas compararam os nutrientes ingeridos e os suplementos usados por indivíduos que desenvolveram mais tarde a doença com aqueles que não a desenvolveram. Eles acharam que adultos que comem diariamente a dose recomendada de folato (nutriente da vitamina5 B) têm um risco reduzido de desenvolver a doença.
Durante o estudo, os participantes deram informações detalhadas sobre hábitos alimentares, incluindo suplementos e calorias6 para um período típico de sete dias. Os pesquisadores examinaram a quantidade de nutrientes incluindo vitaminas E, C, B6, B12, carotenos e ácido fólico na dieta das pessoas e encontraram que os que consumiam pelo menos as 400 microgramas recomendadas de ácido fólico diariamente tinham um risco reduzido de 55% para desenvolver Alzheimer1 comparados aos que consumiam menos que esta quantidade. Como resultado, 57 dos 579 participantes desenvolveram Alzheimer1.
Estima-se que uma pessoa consuma em média 200 microgramas de ácido fólico por dia na Inglaterra. Os pesquisadores dizem que o estudo influencia a sugestão prévia de que o folato reduz o risco de doença de Alzheimer2.
A evidência para o benefício de outras vitaminas em mudar o prognóstico7 para alguém que tenha risco de desenvolver a doença de Alzheimer2 não é consistente, mas a evidência de que o folato pode ajudar é muito convincente, diz a Dra. Susanne Sorensen, da Alzheimer1's Society.
Já foi comprovado que o ácido fólico reduz malformações8 fetais e estudos sugerem que ele é benéfico para proteger contra doenças cardíacas e acidente vascular cerebral9. Também já foi mostrado que ele reduz os níveis de homocisteína - um aminoácido do sangue10. Pesquisadores já mostraram anteriormente que altos níveis de homocisteína estão associados a um aumento no risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer2.
Este estudo não achou correlação entre a ingestão de vitamina5 C, caroteno (como beta-caroteno) ou vitamina5 B12 e o declínio de risco para Alzheimer1.
A Dra. Maria Corrada, coordenadora da pesquisa, disse: "Embora o folato pareça trazer mais benefícios que os outros nutrientes, a mensagem principal deve ser que toda dieta saudável parece ter um impacto na limitação do risco de Alzheimer1".
Outra pesquisadora, a Dra. Claudia Kawas, afirma que "é possível que outros fatores não mensuráveis possam ser responsáveis pela redução do risco, pois pessoas que ingerem grandes quantidades de um nutriente geralmente têm um estilo de vida saudável".
Fonte: Alzheimer1's Association