Células-tronco abrem as portas para o entendimento de doenças neurológicas
Cientistas da Universidade de Edimburgo e de Milão desenvolveram uma nova técnica para crescimento de células-tronco1 do sistema nervoso2, que pode ser usada para o estudo de doenças neurológicas e o desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento dessas doenças. No organismo, as células-tronco1 se dividem para produzir cópias de si mesmas e de outras células3 especializadas. Pela primeira vez, os cientistas foram capazes de criar em laboratório um grupo puro de células-tronco1 do sistema nervoso2. Esta pesquisa foi publicada em 16 de agosto no Journal PloS Biology. Os medicamentos que estão sendo desenvolvidos para interferir no início e na progressão dessas doenças agora poderão ser testados nessas células-tronco1 neurais, ou em tipos específicos de células3 desenvolvidas a partir dessas células3. Isto vai reduzir a quantidade de animais usados para este tipo de pesquisa. Essa descoberta parece ser o passo inicial para reparar tecidos danificados. " A pureza dessas células3, e o fato delas não criarem tumores, significa que elas podem ser úteis para estudar o transplante de tecidos danificados", diz Steve Pollard, um dos pesquisadores de Edimburgo. O professor Austin Smith, coordenador da equipe de Edimburgo, acredita que a divulgação da informação e do conhecimento é crítica para o progresso nas pesquisas sobre células-tronco1.
Os cientistas fizeram diferentes tipos de células3 do sistema nervoso2 a partir de células-tronco1 neurais. Tudo aconteceu em perfeita ordem, sugerindo que estas células3 podem ser usadas para estudar detalhadamente as células3 que são afetadas em doenças degenerativas4, como doença de Hungtington e doença de Parkinson5. Os pesquisadores serão capazes de estudar os processos celulares e moleculares que participam dessas doenças - um passo inicial essencial para o desenvolvimento efetivo de novas terapias. Tentativas anteriores de desenvolver esse tipo de célula-tronco6 havia resultado em grupos contaminados, que não tiveram aplicação científica.