Estatinas reduzem mortalidade em acidente vascular cerebral isquêmico
Em uma análise retrospectiva de uma população do Northern Manhattan Stroke Study, o Dr. Mitchell S. V. Elkind e colaboradores da Columbia University, em Nova Iorque, checaram se pacientes que faziam uso de medicamentos para redução de colesterol1, incluindo estatinas, reduziram a severidade e a mortalidade2 dos acidentes vasculares3 cerebrais. Os pesquisadores usaram a NIH Stroke Scale para avaliar a severidade dos AVCs, os quais são categorizados como leves, moderados e severos. O Barthel Index de 6 meses foi usado para avaliar resultados funcionais. Os resultados foram publicados em 26 de julho na revista Neurology. Os resultados foram baseados em dados de 650 pacientes (homens com idade média de 69,7 anos). 90,9% dos que faziam uso de medicamento para redução de colesterol1 utilizavam estatina. Pacientes que usavam estes medicamentos durante um AVC tiveram complicações clínicas menos freqüentes que os que não estavam usando estes agentes (6,3% contra 18,2%, respectivamente; p = 0,04). AVCs severos ocorreram em 10,7% e 16,8% daqueles que estavam usando medicação e naqueles que não estavam usando, respectivamente, mas sem diferença estatística significante. "Os dados sugerem que este estudo deve ser conduzido para determinar o benefício das estatinas logo após um AVC", disse o Dr. Elkind. Os pesquisadores estão dando início a um estudo de terapia com estatina administrada até doze horas após a ocorrência de AVC. Eles acreditam que altas doses podem ser mais eficazes que doses baixas dessas medicações. Também estão interessados em saber se estas medicações reduzem a severidade e as seqüelas da mesma forma que reduzem a mortalidade2. Até o momento, não está provado que as estatinas devem ser administradas a pacientes que sofrem AVC de maneira aguda, ou se pacientes que recebem estatinas vão sempre reagir de maneira melhor que os que não recebem. São necessários estudos futuros. Fonte:Neurology