Triplica incidência de câncer de pele em mulheres com menos de 40 anos
O número de casos de carcinoma1 basocelular e carcinoma1 espinocelular aumentou de 13 para cada 100 mil nos anos 70. Em mulheres com menos de 40 anos, de 32 para cada 100 mil casos em 2003. Estes são os dois tipos mais comuns da doença e podem ser removidos mais facilmente que o melanoma2 maligno, que é o tipo mais agressivo de câncer3 de pele4. Como estes tumores ocorrem geralmente em pessoas com mais de 50 anos, pouca atenção tem sido dada ao número de casos em jovens.
O bronzeamento da pele4 é percebido como sinal5 de saúde6 e de beleza, mas é importante mudar esta mensagem, afirma o Dr. Leslie Christenson da Mayo Clinic - Rochester em Minnesota, autor do estudo.
Foram examinados 485 pacientes do Rochester Epidemiology Project, identificando indivíduos com menos de 40 anos com um ou mais carcinomas basocelular ou espinocelular diagnosticados entre 1976 e 2003.
Mulheres jovens usam bronzeamento artificial ou se deitam ao sol, apesar dos avisos sobre o perigo da ação cumulativa dos raios solares para a saúde6.
Entre homens com menos de 40 anos, a incidência7 de carcinoma1 basocelular não aumentou, apesar da taxa de carcinoma1 espinocelular ter aumentado, aponta o estudo. Christenson afirma que os homens não prestam tanta atenção à pele4 como as mulheres e podem não reconhecer lesões8 existentes, não procurando assistência médica precoce. O número de casos também aumentou em pessoas acima de 50 anos.
O carcinoma1 basocelular é um tumor9 maligno da pele4. É o mais frequente, representando cerca de 70% de todos os tipos. Sua ocorrência tem relação direta com a exposição cumulativa da pele4 à radiação solar durante a vida. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento. Por ser um tumor9 de crescimento muito lento e que não dá metástases10 (não envia células11 para outros órgãos), é o de melhor prognóstico12 entre os cânceres da pele4. A maioria das lesões8 aparece na face13. Sua apresentação mais típica é uma lesão14 de cor rósea e aspecto "perolado", com finos vasos sanguíneos15 na superfície e que cresce progressiva e lentamente. Pode ulcerar ou sangrar devido a pequenos traumatismos.
O carcinoma1 espinocelular é um tumor9 maligno da pele4, representando cerca de 20 a 25% dos cânceres da pele4. Pode surgir em áreas de pele4 sadia ou previamente comprometidas por cicatrizes16 de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões8 decorrentes do efeito cumulativo da radiação solar sobre a pele4, como as ceratoses solares. Tem crescimento mais rápido que o carcinoma1 basocelular, atinge a pele4 e as mucosas17 (lábios, mucosa18 bucal e genital) e, se não for tratado precocemente, pode enviar metástases10 para outros órgãos. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento, pois sua localização mais freqüente são as áreas de pele4 expostas continuamente ao sol. São lesões8 pequenas, endurecidas que têm crescimento rápido formando lesões8 elevada ou vegetantes (aspecto de couve-flor). É freqüente haver ulceração19 (formação de feridas) com sangramento.
O câncer3 de pele4 é o câncer3 mais diagnosticado hoje em dia, com aproximadamente um milhão de novos casos a cada ano nos Estados Unidos. Os tipos mais comuns são os dois tipos estudados nesta pesquisa. O número de novos casos de câncer3 de pele4 não melanoma2 estimados para o Brasil em 2005 é de 56.420 em homens e de 56.600 em mulheres. Estes valores correspondem a um risco estimado de 62 novos casos a cada 100 mil homens e 60 para cada 100 mil mulheres.
Fonte: Mayo Clinic