NEJM: relação causal entre a infecção pelo vírus Zika na gestação e a microcefalia e outras anomalias cerebrais graves em bebês foi reconhecida pelas evidências disponíveis
Com base em uma revisão das evidências disponíveis até o momento, foi publicado no The New England Journal of Medicine (NEJM) o reconhecimento de uma relação causal entre a infecção1 pelo vírus2 Zika durante a gestação e o nascimento de crianças com microcefalia3 e outras anomalias cerebrais graves.
Utilizando critérios específicos para a avaliação do potencial teratogênico4 do vírus2, os pesquisadores relatam que a evidência acumulada é suficiente para inferir uma relação causal entre a infecção1 pré-natal pelo vírus2 Zika e a microcefalia3 e outras anomalias cerebrais graves. Também apoia esta relação causal a ausência de uma explicação alternativa; ou seja, apesar da extensa análise de possíveis causas, os pesquisadores não foram capazes de identificar hipóteses alternativas que poderiam explicar o aumento de casos de microcefalia3 que foi observado primeiramente no Brasil e, em seguida, retrospectivamente, na Polinésia Francesa e, agora, em relatórios preliminares que estão sendo investigados na Colômbia.
Mudar de uma hipótese de que o vírus2 Zika está ligado a certos resultados adversos para uma declaração de que o vírus2 Zika é uma causa de certos resultados adversos permite a comunicação direta quanto ao risco, tanto em ambientes de cuidados clínicos como na orientação de saúde5 pública, com um foco intensificado nos esforços de prevenção, tais como a implementação de controle de vetores, a identificação de métodos de diagnóstico6 melhorados, bem como o desenvolvimento de uma vacina7 contra o vírus2 Zika.
Fonte: The New England Journal of Medicine (NEJM), publicação online, de 13 de abril de 2016