Treinamento aeróbio diminui a hiperresponsividade brônquica e a inflamação na asma moderada ou grave: um estudo brasileiro publicado pelo periódico Thorax
Os benefícios do treinamento aeróbico para as principais características da asma1, como hiperresponsividade brônquica (HRB) e inflamação2 são mal compreendidos. Pesquisadores coordenados pelo Professor Celso Carvalho, do Departamento de Medicina da Escola de Medicina da Universidade de São Paulo, avaliaram os efeitos do treinamento aeróbico sobre a HRB (desfecho primário), citocinas3 inflamatórias séricas (resultado secundário), controle clínico e qualidade de vida na asma1 pelo questionário Asthma Quality of Life Questionnaire [AQLQ] (resultados terciários).
Cinquenta e oito pacientes foram aleatoriamente designados para o grupo controle (GC) ou para o grupo de treinamento aeróbio (GT). Os pacientes do GC (programa educacional + exercícios de respiração SHAM) e do GT (mesmo que o GC + treinamento aeróbio) foram acompanhados durante três meses. A HRB, as citocinas3 séricas, o controle clínico, o questionário AQLQ, a expectoração4 induzida e a concentração da fração exalada do óxido nítrico (FeNO) foram avaliados antes e após a intervenção.
Os resultados após 12 semanas mostraram que 43 pacientes (21 GC / 22 GT) completaram o estudo e foram analisados. O treinamento aeróbio reduziu a hiperresponsividade brônquica e as citocinas3 pró-inflamatórias séricas, com melhoria da qualidade de vida e diminuição das exacerbações da asma1 em pacientes com asma1 moderada ou grave.
Estas conclusões sugerem que a adição de exercícios aeróbicos, como terapia adjuvante para o tratamento farmacológico da asma1, pode melhorar as características principais responsáveis por esta patologia5.