Tratamento do tromboembolismo venoso: meta-análise publicada pelo JAMA
Uma revisão sistemática e meta-análise, publicada pelo periódico The Journal of the American Medical Association (JAMA), analisou a segurança e os resultados clínicos dos diferentes tratamentos para o tromboembolismo1 venoso.
Muitas estratégias anticoagulantes2 estão disponíveis para o tratamento do tromboembolismo1 venoso agudo3, mas existe ainda pouca orientação sobre qual medicação é mais eficaz e segura.
Uma pesquisa com revisão sistemática da literatura foi realizada utilizando dados do MEDLINE, EMBASE e estudos de medicina baseada em evidências para resumir e comparar os resultados de eficácia e segurança associados a oito opções de anticoagulação (heparina não fracionada [HNF], heparina de baixo peso molecular [HBPM] ou fondaparinux em combinação com antagonistas da vitamina4 K; HBPM com dabigatran ou edoxaban; rivaroxaban; apixaban e HBPM sozinha) para o tratamento do tromboembolismo1 venoso.
Quarenta e cinco de 1.197 estudos identificados, incluindo 44.989 pacientes, foram incluídos nas análises. Os principais resultados clínicos e de segurança foram a recorrência5 do tromboembolismo1 venoso e o risco de sangramento, respectivamente.
Comparados à combinação de antagonista6 da vitamina4 K com HBPM, uma estratégia de tratamento usando HNF e antagonista6 de vitamina4 K foi associada a um aumento do risco de tromboembolismo1 venoso recorrente. A proporção de pacientes que apresentaram tromboembolismo1 venoso recorrente durante três meses de tratamento foi de 1,84% para a combinação antagonista6 de vitamina4 K e HNF e de 1,30% para a combinação de antagonista6 de vitamina4 K e HBPM. O rivaroxaban e o apixaban foram associados a um menor risco de sangramento do que a combinação de antagonista6 da vitamina4 K com HBPM, com uma menor proporção de pacientes apresentando sangramento grave durante três meses de anticoagulação: 0,49% para o rivaroxaban, 0,28% para o apixaban e 0,89% para a combinação antagonista6 da vitamina4 K com HBPM.
As conclusões desta revisão mostraram que não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para a eficácia e segurança associadas à maioria das estratégias de tratamento utilizadas para o tratamento do tromboembolismo1 venoso agudo3 em comparação com a combinação de HBPM e antagonistas da vitamina4 K. No entanto, os resultados sugerem que a combinação de antagonista6 da vitamina4 K e HNF está associada a menor eficácia e que o rivaroxaban e o apixaban podem estar relacionados a um menor risco de hemorragias7.