Ablação com criobalão é eficaz no tratamento da fibrilação atrial paroxística, de acordo com estudo apresentado na 59ª Conferência Anual do American College of Cardiology
Cientistas anunciaram a segurança e a efetividade de uma nova técnica de ablação1 por criobalão desenvolvida para fazer o isolamento das veias2 pulmonares e tratar a fibrilação atrial paroxística. O trabalho, conhecido como STOP AF (Sustained Treatment of Paroxysmal Atrial Fibrillation), foi apresentado na 59ª Conferência Anual do American College of Cardiology, em Atlanta.
Embora a ablação1 cirúrgica por radiofrequência (RFA) com isolamento das veias2 pulmonares para fibrilação atrial (FA) esteja associada à redução dos sintomas3 da FA, especialmente para FA paroxística, ela pode levar a complicações. Drogas antiarrítmicas(DAA) podem estar associadas a aumento na morbimortalidade quando usadas para pacientes4 com esta patologia5. Cientistas anunciaram o sucesso, a segurança e a efetividade de uma nova técnica de ablação1 por criobalão desenvolvida para fazer o isolamento das veias2 pulmonares e tratar a fibrilação atrial paroxística.
Um total de 245 pacientes participaram da pesquisa, 163 fizeram o novo procedimento e 82 usaram DAA. Os pacientes apresentavam em média de 23 episódios sintomáticos ao longo de dois meses antes do procedimento. Cerca de 22% tinham FA permanente e o restante apresentava FA paroxística. Além disso, 45% tinham história pregressa de flutter atrial. Alguns já haviam apresentado falhas com o uso de DAA (36% com flecainida, 47% com propafenona, 29% com sotalol).
Pacientes que fizeram a ablação1 por criobalão tiveram uma resposta melhor do que aqueles que receberam DAA (69% versus 7,3%, p<0,001). O índice de complicações com o procedimento foi de 6,3%, menor que o projetado que era de 14,8%.
Os resultados mostram que a ablação1 por criobalão é segura e eficaz no tratamento sintomático6 da FA, comparada ao uso de DAA. Uma proporção significativa de pacientes que fizeram o procedimento ficou livre das medicações antiarrítmicas e do Warfarin no fim de 12 meses de acompanhamento, comparados ao início do estudo.
Novos estudos precisam avaliar a eficácia da ablação1 com criobalão versus o isolamento das veias2 pulmonares com ablação1 cirúrgica convencional por radiofrequência.