Transplante de pele pode ser esperança para o tratamento do vitiligo, segundo trabalho apresentado na reunião anual da American Academy of Dermatology
Médico do Centro de Dermatologia do Hospital Henry Ford, em Detroit, o escocês Iltefat Hamzavi apresentou na reunião anual da American Academy of Dermatology, em Miami, uma pesquisa com transplante de células1 saudáveis de pele2 em pacientes com vitiligo3. Os resultados podem ser uma esperança para o tratamento futuro da doença.
O Dr. Iltefat Hamzavi e colaboradores transplantaram células1 saudáveis da pele2 para 32 pacientes com vitiligo3. Os resultados mostram repigmentação em uma média de 52% da cor natural da pele2. Em pacientes com um tipo específico de vitiligo3, esta repigmentação foi de 74% em média.
O procedimento cirúrgico testado é feito com anestesia4 local no Henry Ford Hospital. Os pacientes negros, com vitiligo3 em apenas um lado do corpo e em uma área específica do organismo apresentam os melhores benefícios com a nova técnica.
O novo procedimento é um transplante de melanócitos5 e queratinócitos6 em pacientes com vitiligo3 (MKTP, pela sigla em inglês). Os melanócitos5 são células1 produtoras da melanina7, que confere pigmentação à pele2, enquanto os queratinócitos6 são responsáveis pela síntese da proteína queratina e formam 80% da epiderme8 (camada exterior da pele2). Este procedimento representa uma tentativa de transplantar células1 normais com cor, originadas do próprio paciente, nas manchas brancas.
Estes são resultados iniciais de um estudo ainda com poucos participantes, mas pode representar uma esperança de tratamento para vários pacientes com vitiligo3.