Molécula CXCR4 pode limitar o desenvolvimento da obesidade, publicado pelo FASEB Journal
A obesidade1 é uma preocupação crescente em todo o mundo. Em Oklahoma, onde mais de 33% da população têm obesidade1 mórbida, a pesquisadora Jana Barlic-Dicen, Ph.D, da OMRF, disse que ela "é um fator de risco2 para uma série de doenças graves, incluindo doenças cardiovasculares3, diabetes4, osteoartrite5, câncer6 e infertilidade7."
Os esforços para compreender a obesidade1 levaram Jana Barlic-Dicen e o cientista Longbiao Yao, da Oklahoma Medical Research Foundation (OMRF), a estudarem o papel de uma molécula de superfície, o receptor chamado de CXCR4, no ganho de peso corporal e na inflamação8 do tecido adiposo9.
"A expansão descontrolada do tecido adiposo9 que leva à obesidade1 é suportada por um ciclo vicioso", disse ela. "Quando consumimos mais alimentos do que precisamos, nós armazenamos a energia extra na forma de gordura10. Se comemos demais cronicamente, as células11 de gordura10, que continuam a armazenar a ingestão calórica extra, enviam sinais12 de alarme na forma de proteínas13 conhecidas como quimiocinas, que recrutam células brancas do sangue14 para o tecido adiposo9 em crescimento."
As células brancas do sangue14 causam inflamação8, a qual estimula o tecido15 a crescer ainda mais. Um dos sinais12 de alarme produzido pela expansão do tecido adiposo9 é capaz de ativar o receptor CXCR4.
O CXCR4, que é quase idêntico em ratos e em humanos, está presente em células11 de gordura10 em ambos os organismos, mas o seu papel neste tecido15 era desconhecido. Os pesquisadores alimentaram ratos que não tinham CXCR4 e camundongos normais (controles) com uma dieta rica em gordura10, de composição similar a fast-foods.
Os ratos que não tinham CXCR4 em suas células11 de gordura10 ganharam mais peso e ganharam peso muito mais rápido do que os ratos de controle que mantinham esse receptor em células11 de gordura10.
"Agora sabemos que o principal papel do CXCR4 no tecido adiposo9 é de estabelecer limites para a obesidade1", disse ela. "É possível que, se estimularmos o CXCR4, poderemos ser capazes de ajudar os pacientes a queimar mais energia e, portanto, reduziremos a obesidade1."
O trabalho foi publicado no FASEB Journal (The Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology). Outros cientistas da OMRF que contribuíram para a pesquisa foram Lucas Szweda, Ph.D., Timothy Griffin, Ph.D., Oana Herlea-Pana, Ph.D., e Janet Baker.
Fontes:
Oklahoma Medical Research Foundation (OMRF), de 31 de julho de 2014