Oleaginosas podem melhorar controle glicêmico de diabéticos: revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos randomizados publicada pela PLOS One
O consumo de oleaginosas tem sido associado a um risco reduzido de diabetes1, no entanto, os resultados de ensaios clínicos2 randomizados sobre o controle glicêmico têm sido inconsistentes.
Para proporcionar uma melhor evidência para o desenvolvimento de diretrizes para o diabetes1, foi realizada uma revisão sistemática e meta-análise de ensaios clínicos2 randomizados, publicada pela revista PLOS One, para avaliar os efeitos do consumo de oleaginosas como nozes, castanhas de caju, castanhas do Pará, amêndoas, avelãs, macadâmias, mas não dos amendoins, sobre os marcadores do controle glicêmico em indivíduos com diabetes mellitus3.
Foram usadas informações contidas nas bases de dados Medline, Embase, CINAHL e Cochrane até 6 de abril de 2014. Ensaios clínicos2 randomizados, com duração maior ou igual a três semanas, realizados em indivíduos com diabetes1, comparando o efeito de dietas com ênfase no consumo de oleaginosas com dietas isocalóricas sem oleaginosas (controle) sobre os valores de HbA1c4, glicemia de jejum5, insulina6 de jejum e HOMA-IR7 foram incluídos na pesquisa.
Doze ensaios (n=450) foram incluídos. Dietas enfatizando o consumo de oleaginosas com uma dose média de 56 gramas/dia reduziram significativamente os valores de HbA1c4 e de glicemia de jejum5 em comparação com as dietas de controle. Não houve efeito significativo na insulina6 de jejum e no índice HOMA-IR7, no entanto, a direção do efeito favorecia as dietas com oleaginosas.
A presente meta-análise observou algumas limitações nas avaliações, as principais foram que a maioria dos estudos era de curta duração e de má qualidade.
Concluiu-se que a análise dos dados agregados mostrou que as oleaginosas melhoram o controle glicêmico em indivíduos com diabetes1 tipo 2, apoiando a sua inclusão em uma dieta saudável. Devido às incertezas na presente avaliação, há uma necessidade de ensaios clínicos2 de melhor qualidade e mais longos, com foco no uso de oleaginosas para substituir os carboidratos de alto índice glicêmico.