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NICE lança a atualização parcial do novo guideline para manejo da insuficiência cardíaca crônica em adultos

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Lançado, em 14 de janeiro de 2010, o novo guideline para manejo da insuficiência cardíaca1 em adultos. As principais recomendações incluem referência de pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca1 para avaliação especializada e realização de ecocardiograma2 para o diagnóstico3. Em relação ao tratamento, tanto os inibidores da enzima4 conversora de angiotensina (IECA) quanto os betabloqueadores estão associados a disfunções sistólicas ventriculares.


As novas recomendações incluem:

  • Referência urgente de pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca1 e história prévia de infarto do miocárdio5 para realização de ecocardiograma2 e avaliação com cardiologista6 em duas semanas.
  • Dosagem dos peptídeos natriuréticos em pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca1 sem infarto do miocárdio5 prévio.
  • Referência dos pacientes com suspeita de insuficiência cardíaca1 e níveis elevados de peptídeos natriuréticos à realização de ecocardiograma2 urgente e avaliação com cardiologista6 em duas semanas.
  • Em relação ao tratamento, tanto os inibidores da enzima4 conversora de angiotensina (IECAs) quanto os betabloqueadores usados na insuficiência cardíaca1 estão associados a disfunções sistólicas ventriculares. É necessária avaliação clínica criteriosa para decidir sobre qual destes medicamentos iniciar primeiro no tratamento dos pacientes.
  • Dar betabloqueadores indicados para uso na insuficiência cardíaca1 para todos os pacientes com insuficiência cardíaca1 está associado a disfunções sistólicas ventriculares, incluindo aqueles com:

Doença vascular periférica7
Disfunção erétil
Diabetes mellitus8
Doença pulmonar intersticial9
Doença pulmonar obstrutiva crônica sem reversibilidade

Não há limite superior de idade.

  • Oferecer um antagonista10 da aldosterona para pacientes11 com insuficiência cardíaca1 está associado à disfunções sistólicas ventriculares se sintomas12 moderados a severos persistem mesmo com uso de terapia adequada com IECA e betabloqueador.
  • A admissão em hospital de paciente com insuficiência cardíaca1 deve ser acompanhada por um especialista em insuficiência cardíaca1.


Confira o documento original:
Chronic Heart Failure: the management of adults with chronic heart failure in primary and secondary care (partial update)

Fonte consultada:
National Institute for Health and Clinical Excellence

NEWS.MED.BR, 2010. NICE lança a atualização parcial do novo guideline para manejo da insuficiência cardíaca crônica em adultos. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/54010/nice-lanca-a-atualizacao-parcial-do-novo-guideline-para-manejo-da-insuficiencia-cardiaca-cronica-em-adultos.htm>. Acesso em: 24 abr. 2024.

Complementos

1 Insuficiência Cardíaca: É uma condição na qual a quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas normais de oxigênio e de nutrientes do organismo. Refere-se à diminuição da capacidade do coração suportar a carga de trabalho.
2 Ecocardiograma: Método diagnóstico não invasivo que permite visualizar a morfologia e o funcionamento cardíaco, através da emissão e captação de ultra-sons.
3 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
4 Enzima: Proteína produzida pelo organismo que gera uma reação química. Por exemplo, as enzimas produzidas pelo intestino que ajudam no processo digestivo.
5 Infarto do miocárdio: Interrupção do suprimento sangüíneo para o coração por estreitamento dos vasos ou bloqueio do fluxo. Também conhecido por ataque cardíaco.
6 Cardiologista: Médico especializado em tratar pessoas com problemas cardíacos.
7 Doença vascular periférica: Doença dos grandes vasos dos braços, pernas e pés. Pode ocorrer quando os principais vasos dessas áreas são bloqueados e não recebem sangue suficiente. Os sinais são: dor e cicatrização lenta de lesões nessas áreas.
8 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
9 Intersticial: Relativo a ou situado em interstícios, que são pequenos espaços entre as partes de um todo ou entre duas coisas contíguas (por exemplo, entre moléculas, células, etc.). Na anatomia geral, diz-se de tecido de sustentação localizado nos interstícios de um órgão, especialmente de vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.
10 Antagonista: 1. Opositor. 2. Adversário. 3. Em anatomia geral, que ou o que, numa mesma região anatômica ou função fisiológica, trabalha em sentido contrário (diz-se de músculo). 4. Em medicina, que realiza movimento contrário ou oposto a outro (diz-se de músculo). 5. Em farmácia, que ou o que tende a anular a ação de outro agente (diz-se de agente, medicamento etc.). Agem como bloqueadores de receptores. 6. Em odontologia, que se articula em oposição (diz-se de ou qualquer dente em relação ao da maxila oposta).
11 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
12 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
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