Atalho: 590LB2G
Gostou do artigo? Compartilhe!

Avanços no câncer gastrointestinal: detecção precoce de tumores colorretais e pancreáticos, e variação genética que determina agressividade de neoplasia gástrica, são as novidades

A+ A- Alterar tamanho da letra
Avalie esta notícia

Exame de sangue1 que detecta precocemente o câncer2 colorretal e os adenomas, desenvolvimento de teste para detecção precoce do câncer2 pancreático, identificação de variação genética hereditária que determina agressividade do câncer2 gástrico e a terapia adjuvante com XELOX que retarda a progressão do câncer2 de cólon3 em todas as idades, incluindo aqueles com mais de 70 anos, são as novidades que serão apresentadas no 7° Simpósio Anual Sobre Câncer2 Gastrointestinal (The Seventh Annual Gastrointestinal Cancers Symposium) que está acontecendo em Orlando de 22 a 24 de janeiro de 2010.

Os quatro principais estudos divulgados até o momento foram:

  • Exame de sangue1 que detecta precocemente o câncer2 colorretal e os adenomas: novo exame de sangue1 para detectar os níveis sanguíneos da proteína CD24 tem sensibilidade e especificidade de mais de 90% para a detecção do câncer2 colorretal e mais de 80% de acurácia em detectar lesões4 pré-cancerosas, conhecidas como adenomas. Este exame vai ser útil para identificar pacientes que se beneficiarão de uma colonoscopia5.
  • Desenvolvimento de teste para detecção precoce do câncer2 pancreático: pesquisadores prometem um imunoensaio que detecta o câncer2 pancreático precocemente e com alto grau de acurácia. O ensaio identifica e quantifica os níveis sanguíneos da proteína PAM4 – antígeno6 único presente em quase 90% dos casos de câncer2 de pâncreas7 e pré-câncer2. A neoplasia8 maligna de pâncreas7 é tipicamente diagnosticada em estágios tardios, quando é mais difícil tratá-la.
  • Identificação de variação genética hereditária que determina agressividade do câncer2 gástrico: pela primeira vez os pesquisadores relataram esta variação genética, localizada no gene CD44, que está ligada ao risco aumentado de recorrência9 do câncer2 de estômago10 (câncer2 gástrico).
  • Quimioterapia11 adjuvante com XELOX retarda a progressão do câncer2 de cólon3 em todas as idades, incluindo pessoas com mais de 70 anos: tratamento adjuvante (pós-cirúrgico) com capecitabina e oxaliplatina (XELOX) é mais efetivo que o padrão 5-fluoracil e leucovorin (5FU/LV) para retardar a progressão do estágio III do tumor12 de cólon3 entre pacientes de todas as idades.

Os tumores gastrointestinais incluem aqueles no cólon3 (intestino grosso13), reto14, estômago10, pâncreas7, esôfago15, intestino delgado16, ânus17 e outros órgãos do sistema digestivo18.

Fonte consultada:
American Society of Clinical Oncology

NEWS.MED.BR, 2010. Avanços no câncer gastrointestinal: detecção precoce de tumores colorretais e pancreáticos, e variação genética que determina agressividade de neoplasia gástrica, são as novidades. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/54130/avancos-no-cancer-gastrointestinal-deteccao-precoce-de-tumores-colorretais-e-pancreaticos-e-variacao-genetica-que-determina-agressividade-de-neoplasia-gastrica-sao-as-novidades.htm>. Acesso em: 27 abr. 2024.

Complementos

1 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
2 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
3 Cólon:
4 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
5 Colonoscopia: Estudo endoscópico do intestino grosso, no qual o colonoscópio é introduzido pelo ânus. A colonoscopia permite o estudo de todo o intestino grosso e porção distal do intestino delgado. É um exame realizado na investigação de sangramentos retais, pesquisa de diarreias, alterações do hábito intestinal, dores abdominais e na detecção e remoção de neoplasias.
6 Antígeno: 1. Partícula ou molécula capaz de deflagrar a produção de anticorpo específico. 2. Substância que, introduzida no organismo, provoca a formação de anticorpo.
7 Pâncreas: Órgão nodular (no ABDOME) que abriga GLÂNDULAS ENDÓCRINAS e GLÂNDULAS EXÓCRINAS. A pequena porção endócrina é composta pelas ILHOTAS DE LANGERHANS, que secretam vários hormônios na corrente sangüínea. A grande porção exócrina (PÂNCREAS EXÓCRINO) é uma glândula acinar composta, que secreta várias enzimas digestivas no sistema de ductos pancreáticos (que desemboca no DUODENO).
8 Neoplasia: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
9 Recorrência: 1. Retorno, repetição. 2. Em medicina, é o reaparecimento dos sintomas característicos de uma doença, após a sua completa remissão. 3. Em informática, é a repetição continuada da mesma operação ou grupo de operações. 4. Em psicologia, é a volta à memória.
10 Estômago: Órgão da digestão, localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO.
11 Quimioterapia: Método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.
12 Tumor: Termo que literalmente significa massa ou formação de tecido. É utilizado em geral para referir-se a uma formação neoplásica.
13 Intestino grosso: O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e ânus. Ele tem um papel importante na absorção da água (o que determina a consistência do bolo fecal), de alguns nutrientes e certas vitaminas. Mede cerca de 1,5 m de comprimento.
14 Reto: Segmento distal do INTESTINO GROSSO, entre o COLO SIGMÓIDE e o CANAL ANAL.
15 Esôfago: Segmento muscular membranoso (entre a FARINGE e o ESTÔMAGO), no TRATO GASTRINTESTINAL SUPERIOR.
16 Intestino delgado: O intestino delgado é constituído por três partes: duodeno, jejuno e íleo. A partir do intestino delgado, o bolo alimentar é transformado em um líquido pastoso chamado quimo. Com os movimentos desta porção do intestino e com a ação dos sucos pancreático e intestinal, o quimo é transformado em quilo, que é o produto final da digestão. Depois do alimento estar transformado em quilo, os produtos úteis para o nosso organismo são absorvidos pelas vilosidades intestinais, passando para os vasos sanguíneos.
17 Ânus: Segmento terminal do INTESTINO GROSSO, começando na ampola do RETO e terminando no ânus.
18 Sistema digestivo: O sistema digestivo ou digestório realiza a digestão, processo que transforma os alimentos em substâncias passíveis de serem absorvidas pelo organismo. Os materiais não absorvidos são eliminados por este sistema. Ele é composto pelo tubo digestivo e por glândulas anexas.
Gostou do artigo? Compartilhe!

Complementos

25/01/2010 - Complemento feito por Dr.
Re: Avanços no câncer gastrointestinal: detecção precoce de tumores colorretais e pancreáticos, e variação genética que determina agressividade de neoplasia gástrica, são as novidades
Os tumores do sistema digestório estão entre os de maior incidência no Brasil e no mundo e, como em qualquer câncer, o sucesso do tratamento e até mesmo a cura total da doença depende, principalmente, de um diagnóstico precoce. Sabemos que tumores de até 1 grama podem ser quase que totalmente destruídos (99%) em um único ciclo de quimioterapia. Entretanto, quando o tumor atinge 100g, a quimioterapia já é ineficaz, na maior parte dos casos.
Desta forma, o desenvolvimento de métodos de diagnóstico laboratorial que permitem a detecção de marcadores bioquímicos ou genéticos, mesmo antes de o tumor poder ser visualizado pelos métodos de radioimagem, são de grande importância para que se inicie, também de forma precoce, a quimioterapia e/ou outros procedimentos, o que nos permite utilizar fármacos antineoplásicos menos agressivos ao paciente e com maior eficiência.

  • Entrar
  • Receber conteúdos