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Ciclo menstrual pode afetar sintomas de asma, segundo pesquisa divulgada pelo American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine

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O ciclo menstrual altera a gravidade de sintomas1 respiratórios, potencialmente agravando condições como a asma2, sugere um estudo publicado pelo American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.

Pesquisadores noruegueses estudaram quase 4.000 mulheres e descobriram que os sintomas1 respiratórios pioram próximo à ovulação3, o que pode colaborar para uma possível adaptação da medicação usada por mulheres asmáticas nesta fase do ciclo menstrual.

Todas as mulheres estudadas tinham ciclos menstruais regulares, com duração de 28 dias ou menos, e nenhuma estava em uso de contraceptivos hormonais. Das pesquisadas, 28,5% eram fumantes e 8% tinham sido diagnosticadas com asma2.

A sibilância ficou pior entre o 10° e o 22° dias de cada ciclo, com uma ligeira queda perto do dia da ovulação3 para a maioria das mulheres.

Falta de ar era pior entre o 7° e o 21° dias de cada ciclo, novamente com uma ligeira queda em torno da ovulação3.

O estudo descobriu que não eram apenas mulheres diagnosticadas com asma2 que apresentaram estes sintomas1 e variações.

A tosse era pior seguindo a ovulação3 para aquelas com asma2, aquelas que estavam acima do peso e para as fumantes.

Durante todo o ciclo menstrual os níveis hormonais sobem e descem e a temperatura do corpo se eleva em torno de ovulação3. Os pesquisadores sugerem que essas flutuações podem ter efeitos diretos sobre as vias aéreas e efeitos indiretos sobre a resposta inflamatória à infecção4.

Os pesquisadores liderados pelo Dr. Ferenc Macsali, da Haukeland University Hospital, em Bergen, na Noruega, disseram que descobriram que os sintomas1 respiratórios variam significativamente durante o ciclo menstrual, com grandes mudanças na incidência5 dos sintomas1 ao longo do ciclo para todos os sintomas1. O ajuste da medicação para asma2 de acordo com o ciclo menstrual pode potencialmente melhorar a eficácia do tratamento desta doença e reduzir os custos relacionados à asma2 em mulheres.

A asma2 pode ser desencadeada por vários fatores e isso varia de pessoa para pessoa. Encorajar pessoas com asma2 a estarem cientes daquilo que dispara os seus sintomas1 é fundamental para que elas possam tomar medidas para controlar a sua patologia6.

Fonte: American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine 

NEWS.MED.BR, 2012. Ciclo menstrual pode afetar sintomas de asma, segundo pesquisa divulgada pelo American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/326225/ciclo-menstrual-pode-afetar-sintomas-de-asma-segundo-pesquisa-divulgada-pelo-american-journal-of-respiratory-and-critical-care-medicine.htm>. Acesso em: 25 abr. 2024.

Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Asma: Doença das vias aéreas inferiores (brônquios), caracterizada por uma diminuição aguda do calibre bronquial em resposta a um estímulo ambiental. Isto produz obstrução e dificuldade respiratória que pode ser revertida de forma espontânea ou com tratamento médico.
3 Ovulação: Ovocitação, oocitação ou ovulação nos seres humanos, bem como na maioria dos mamíferos, é o processo que libera o ovócito II em metáfase II do ovário. (Em outras espécies em vez desta célula é liberado o óvulo.) Nos dias anteriores à ovocitação, o folículo secundário cresce rapidamente, sob a influência do FSH e do LH. Ao mesmo tempo que há o desenvolvimento final do folículo, há um aumento abrupto de LH, fazendo com que o ovócito I no seu interior complete a meiose I, e o folículo passe ao estágio de pré-ovocitação. A meiose II também é iniciada, mas é interrompida em metáfase II aproximadamente 3 horas antes da ovocitação, caracterizando a formação do ovócito II. A elevada concentração de LH provoca a digestão das fibras colágenas em torno do folículo, e os níveis mais altos de prostaglandinas causam contrações na parede ovariana, que provocam a extrusão do ovócito II.
4 Infecção: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
5 Incidência: Medida da freqüência em que uma doença ocorre. Número de casos novos de uma doença em um certo grupo de pessoas por um certo período de tempo.
6 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
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