Crianças com anemia falciforme têm 200 vezes mais chances de sofrer um derrame, segundo dados da American Heart Association
Os principais fatores de risco para acidente vascular cerebral1 (derrame2) em crianças são anemia falciforme3 e doenças do coração4 congênitas5 ou adquiridas, de acordo com uma nova orientação publicada no Journal of the American Heart Association - Management of Stroke in Children.
Crianças com anemia falciforme3 têm 200 vezes mais chances de sofrer um derrame2 do que aquelas sem a doença, segundo dados do Baltimore-Washington Cooperative Young Stroke Study. A anemia falciforme3 é mais comum em afro-descendentes e está associada a crises dolorosas, anemia6, infecções7 graves e danos a vários órgãos.
O derrame2 em crianças, embora seja incomum, não é tão raro quanto pensado até o momento, diz E. Steve Roach, membro da American Heart Association e professor de neurologia pediátrica no The Ohio State University College of Medicine.
As famílias de crianças com anemia falciforme3 devem estar alertas para os sintomas8 de derrame2 e orientadas sobre o que fazer para agilizar o atendimento médico. A criança poderá apresentar dificuldade de aprendizagem e memorização, fraqueza, paralisia9 uni ou bilateral dos membros, paralisia9 facial (a boca10 fica assimétrica), perda completa ou parcial da fala, convulsões e até coma11. Nestes casos, os pais devem procurar um atendimento médico de urgência12.
Embora possa haver uma recuperação significativa das crianças que sofrem um derrame2, o acidente vascular cerebral1 pode deixar déficit neurológico de gravidade variável ou levar à morte. Para evitar recidiva13, essas crianças geralmente participam de um programa de transfusões crônicas, precisando ausentar-se da escola a cada três ou quatro semanas. Por causa das transfusões, a criança pode ficar com excesso de ferro no organismo, que deverá ser eliminado por meio de um medicamento quelante de ferro.
Fonte: American Heart Association
Veja as orientações completas em:
Management of Stroke in Children