Endocrinologistas da American Association of Clinical Endocrinologists reconhecem o pré-diabetes e recomendam o tratamento para pessoas nesta condição
Especialistas em diabetes1 recomendam, pela primeira vez, o tratamento para pessoas com pré-diabetes2. Segundo Daniel Einhorn, vice-presidente da American Association of Clinical Endocrinologists, reunido com um grupo de endocrinologistas em Oxon Hill, perto de Washington, D.C., mudanças no estilo de vida, e não o uso de medicamentos, deve ser o tratamento de primeira linha para prevenir o diabetes mellitus3.
Ainda não existem guidelines para o diagnóstico4 e o manejo do pré-diabetes2, uma condição na qual as pessoas têm níveis de glicemia5 mais altos que o normal, mas não tão altos para classificar esta pessoa como diabética.
Segundo Einhorn, os endocrinologistas agora reconhecem verdadeiramente o estado de pré-diabetes2, mas ainda não há uma definição unificada para esta condição. Existem pessoas em risco especial para desenvolver diabetes1. Não fazer nada a respeito pode levar a complicações em órgãos como olhos6, rins7 e nervos.
O novo guideline recomenda que pessoas com síndrome metabólica8 – definida por obesidade9 abdominal como condição essencial e dois ou mais critérios que se seguem: circunferência abdominal acima dos valores normais, triglicérides10 acima de 150 mg/dL11, HDL12 abaixo de 40 mg/dL11 para homens e de 50 mg/dL11 para mulheres ou tratamento para dislipidemias, hipertensão arterial13 ou pressão arterial14 maior ou igual a 130x85 mmHg ou tratamento para hipertensão15, glicemia de jejum16 maior ou igual a 100 mg/dL11 ou tratamento para diabetes1 – são consideradas de alto risco para pré-diabetes2, assim como mulheres que tenha apresentado diabetes gestacional17, pessoas com história familiar de diabetes tipo 218 ou pessoas obesas. Todos aqueles nesta condição devem ter sua glicemia5 avaliada.
O grupo define que mudanças no estilo de vida, e não o uso de medicamentos, deve ser o tratamento de primeira linha para prevenir o diabetes mellitus3. O consenso final diz que alguns medicamentos podem ser usados, caso dieta e exercícios físicos regulares não sejam suficientes para reduzir a glicemia5.
O novo protocolo também recomenda que os clínicos gerais e os especialistas avaliem problemas cardiovasculares como hipertensão arterial13 e níveis de colesterol19 ao diagnosticarem o pré-diabetes2.