Medicação antirrefluxo para Refluxo Laringofaríngeo pode melhorar sintomas nasais
O refluxo laringofaríngeo está associado à resistência nasal? A terapia farmacológica melhora os sintomas1 nasais? Para responder a essas duas perguntas, foi realizado um estudo caso-controle com 100 adultos (50 com refluxo laringofaríngeo, 50 controles), publicado pelo periódico JAMA Otolaryngolology Head & Neck Surgery
Acredita-se que o refluxo laringofaríngeo (LPR) seja um fator de exacerbação potencial de sintomas1 de doenças das vias aéreas superiores e que ele tenha efeitos negativos na resistência e congestão nasais. Já o seu tratamento pode melhorar os sintomas1 nasais subjetivos e objetivos.
Saiba mais sobre "Refluxo ou Doença do Refluxo Gastroesofágico2 (DRGE)".
Este estudo teve o objetivo de descrever o efeito da terapia farmacológica do refluxo laringofaríngeo sobre a resistência nasal. A pesquisa prospectiva e observacional, realizada entre 30 de agosto de 2014 e 1º de outubro de 2015, foi feita em um centro acadêmico de atenção terciária e contou com a participação de 50 pacientes com Reflux Symptom Index superior a 13 e Reflux Finding Score superior a 7, além de 50 controles sem história de LPR e doença nasal. O medicamento oral antirrefluxo foi dado ao grupo LPR por 12 semanas.
As medidas da avaliação Total Nasal Resistance (TNR) foram realizadas por meio da técnica de rinomanometria anterior ativa e foram avaliados os valores encontrados pela avaliação Nasal Obstruction Symptom Evaluation (NOSE).
O grupo LPR tinha 29 (58%) mulheres e uma mediana de idade de 41,5 anos (intervalo, 18-64 anos). O grupo controle tinha 27 (54%) mulheres e uma mediana de idade de 38,5 anos (intervalo, 19-63 anos). Após o tratamento, observou-se uma diminuição significativa em todos os parâmetros.
Os escores medianos de TNR do grupo LPR antes e depois do tratamento foram 0,29 (0,12-0,36) e 0,19 (0,10-0,31), respectivamente. A pontuação TNR mediana do grupo controle foi 0,20 (variação 0,11-0,32). Considerando que os escores TNR do grupo LPR foram maiores do que os do grupo controle antes do tratamento (diferença, -0,77; IC 95% -0,10 a 0,05), eles foram praticamente os mesmos após o tratamento (diferença: 0,01; IC 95% -0,01 a 0,03). Os escores médios da avaliação NOSE (variação) do grupo LPR antes e após o tratamento foram 0,29 (0,12-0,36) e 0,19 (0,10-0,31), respectivamente. A pontuação mediana da NOSE do grupo controle foi 0,20 (variação 0,11-0,32).
Neste estudo, concluiu-se que o refluxo laringofaríngeo teve efeito negativo sobre a resistência e congestão nasais. O tratamento foi associado à melhora dos sintomas1 nasais subjetivos e objetivos.
Veja também sobre "Rinite3", "Sinusite4" e "Alergia5 respiratória"..
Fonte: JAMA Otolaryngolology Head & Neck Surgery, publicação online, de 9 de março de 2017