Terapia de Reposição Hormonal eleva risco de câncer de ovário, além de elevar o risco de câncer de mama e de útero em mulheres na pós-menopausa
O estudo Million Women Study (Estudo de um Milhão de Mulheres), conduzido na Grã-Bretanha com a participação de cerca de um milhão de mulheres acima de 50 anos na pós-menopausa1, mostrou que a Terapia de Reposição Hormonal (TRH) usada para aliviar os sintomas2 da perda hormonal desta fase da vida - a qual pode levar à osteoporose3, ao aumento do risco de doenças cardiovasculares4, à diminuição da libido5 e à depressão - pode elevar não só o risco de câncer6 de mama7 e no útero8, mas também o risco de adquirir câncer6 de ovário9 e de morte por este tipo de tumor10. Ao analisar 948.576 mulheres, o Million Women Study sugere que o risco de desenvolver e morrer de câncer6 no ovário9 é 20% maior para quem faz a terapia de reposição hormonal (TRH). Resultados de 2003 desde estudo haviam mostrado que o uso de TRH combinada dobra o risco de câncer6 de mama7 e aumenta também o risco de câncer6 no útero8 (câncer6 no endométrio11). O aumento nos riscos de câncer6 de ovário9 é o mesmo para todos os tipos de terapia, mas volta a cair alguns anos após o fim do tratamento. As descobertas fizeram com que médicos recomendassem que as mulheres considerem os riscos antes de começarem a fazer a TRH e tomem a menor dose possível no espaço mais curto de tempo. Segundo os pesquisadores, os cânceres de ovário9, mama7 e útero8 representam 40% de todos os cânceres diagnosticados em mulheres britânicas, e essa incidência12 é 63% maior nas que fazem terapia de reposição hormonal. O Million Women Study é um projeto de colaboração entre o Cancer6 Research UK e o National Health Service Breast Screening Programme, com fundos adicionais do Medical Research Council (que teve seu início em 1996 com o objetivo de responder às questões que afetam a saúde13 das mulheres na pós-menopausa1). O principal foco do estudo é relatar os efeitos do uso da TRH. A próxima etapa é solicitar amostras de sangue14 das participantes para que sejam incluídas análises bioquímicas e genéticas, além das análises obtidas através das respostas dos questionários previamente enviados a elas. Esta parte do estudo começou em 2005 e continua agora em 2007. Para maiores informações sobre este estudo acesse http://www.millionwomenstudy.org Fonte: The Lancet