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Risco aumentado de câncer de colo de útero com o uso de pílulas anticoncepcionais orais é reversível

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Pesquisa publicada no The Lancet envolveu 52.000 mulheres e observou que o risco de câncer1 de colo uterino2 aumenta com o tempo em que o anticoncepcional é usado e que após ter parado de usar a pílula por 10 anos, o risco de ter câncer1 de colo uterino2 é o mesmo tanto para mulheres que nunca usaram pílula, quanto para aquelas que pararam de usar.

O estudo também mostra que as mulheres que estão usando pílulas por pelo menos 5 anos, apresentam um risco 2 vezes maior de desenvolver câncer1 de colo3 de útero4 do que aquelas que nunca usaram anticoncepcional oral. Mas este risco diminui assim que as mulheres suspendem a pílula.

A coordenadora do estudo, Jane Green, uma pesquisadora da unidade de epidemiologia do Cancer1 Research - Universidade de Oxford, diz: “A pílula é uma das formas mais efetivas de contracepção5 e a longo prazo o pequeno aumento do risco de desenvolver câncer1 de colo3 de útero4 ou de mama6 é compensado pelo menor risco de desenvolver câncer1 de ovário7 ou de endométrio8.” O mais importante neste estudo é que ele é o primeiro a mostrar o que acontece com o risco de câncer1 de colo3 de útero4 quando uma mulher pára de tomar pílulas.

As pílulas anticoncepcionais foram lançadas no Reino Unido em 1961. Estudos passados mostram que os contraceptivos orais aumentam o risco de desenvolver câncer1 cervical (colo3 de útero4) e de mama6, mas que reduzem o risco de câncer1 de ovário7 e de endométrio8. Especialistas dizem que o risco aumentado para quem usa pílulas é pequeno e recomendam exames ginecológicos regulares para a prevenção de tumores.

Fonte: The Lancet

NEWS.MED.BR, 2007. Risco aumentado de câncer de colo de útero com o uso de pílulas anticoncepcionais orais é reversível. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/12117/risco-aumentado-de-cancer-de-colo-de-utero-com-o-uso-de-pilulas-anticoncepcionais-orais-e-reversivel.htm>. Acesso em: 19 mar. 2024.

Complementos

1 Câncer: Crescimento anormal de um tecido celular capaz de invadir outros órgãos localmente ou à distância (metástases).
2 Colo Uterino: Porção compreendendo o pescoço do ÚTERO (entre o ístmo inferior e a VAGINA), que forma o canal cervical.
3 Colo: O segmento do INTESTINO GROSSO entre o CECO e o RETO. Inclui o COLO ASCENDENTE; o COLO TRANSVERSO; o COLO DESCENDENTE e o COLO SIGMÓIDE.
4 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
5 Contracepção: Qualquer processo que evite a fertilização do óvulo ou a implantação do ovo. Os métodos de contracepção podem ser classificados de acordo com o seu objetivo em barreiras mecânicas ou químicas, impeditivas de nidação e contracepção hormonal.
6 Mama: Em humanos, uma das regiões pareadas na porção anterior do TÓRAX. As mamas consistem das GLÂNDULAS MAMÁRIAS, PELE, MÚSCULOS, TECIDO ADIPOSO e os TECIDOS CONJUNTIVOS.
7 Ovário: Órgão reprodutor (GÔNADAS) feminino. Nos vertebrados, o ovário contém duas partes funcionais Sinônimos: Ovários
8 Endométrio: Membrana mucosa que reveste a cavidade uterina (responsável hormonalmente) durante o CICLO MENSTRUAL e GRAVIDEZ. O endométrio sofre transformações cíclicas que caracterizam a MENSTRUAÇÃO. Após FERTILIZAÇÃO bem sucedida, serve para sustentar o desenvolvimento do embrião.
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