Gripe Suína: Ministério da Saúde divulga novas recomendações para diagnóstico e tratamento
É esperado um aumento no número de casos da nova gripe1 e de todos os tipos de gripe1, como ocorre todos os anos no inverno, já que as baixas temperaturas favorecem a circulação2 dos vários tipos de vírus3 influenza4, os causadores da gripe1, incluindo o novo H1N1.
A nova gripe1 tem quadro clínico semelhante ao da gripe1 comum e a letalidade média observada até o momento no mundo é de 0,4%. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde5 (OMS), a maioria dos casos confirmados tem sintomas6 leves a moderados, evoluindo para cura.
Os pacientes, ao sentirem sintomas6 como febre7, tosse, dores musculares, coriza8 e dor de garganta9, devem procurar o serviço de saúde5 mais próximo. Se os sintomas6 forem leves, o médico fará as recomendações necessárias para isolamento domiciliar, período de afastamento de trabalho e vai prescrever o tratamento dos sintomas6. Nesses casos, não será feita confirmação por exame laboratorial. Se o quadro clínico inspirar cuidados ou for grave, indicando necessidade de internação, o paciente será encaminhado para um dos 68 hospitais de referência.
A confirmação da nova gripe1 por exame laboratorial será feita nos casos graves ou em amostras, no caso de surtos localizados. Não serão mais realizados exames em todas as pessoas com sintomas6 de gripe1. Isso porque um percentual significativo – mais de 70% – das amostras de casos suspeitos analisadas em dois laboratórios de referência (Fiocruz/RJ e Adolf Lutz/SP), nos últimos dois meses, não era influenza4 (gripe1), mas outros vírus3 respiratórios.
Outra mudança nas recomendações atuais diz respeito à promoção do uso racional do antiviral fosfato de oseltamivir, evitando que o vírus3 desenvolva resistência. Para isso, o medicamento só será dado aos pacientes com agravamento do estado de saúde5 nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas6. Vale destacar que três países já informaram à OMS casos de resistência ao medicamento (Dinamarca, Japão e Hong Kong), o que reforça a prudência da medida adotada pelo Ministério da Saúde5.
Todos os indivíduos que compõem o grupo de risco10 para complicações de influenza4 requerem – obrigatoriamente – avaliação e monitoramento clínico constante de seu médico para indicação ou não de tratamento com oseltamivir, além da adoção de todas as demais medidas terapêuticas.
Esse grupo de risco10 é composto por idosos acima de 60 anos, crianças menores de dois anos, gestantes, pessoas com deficiência imunológica (pacientes com câncer11, em tratamento para aids ou em uso regular de corticosteróides), hemoglobinopatias12 (doenças provocadas por alterações da hemoglobina13, como a anemia falciforme14), diabetes15, doença cardíaca, pulmonar ou renal16 crônica.
Estas novas medidas visam garantir atendimento ágil a pacientes com quadro grave ou com potencial para complicações e evitar superlotação de hospitais de referência com casos leves, que não têm indicação para internar todos os pacientes que chegam com sintomas6 de gripe1.
O objetivo, a partir de agora, não é saber se todos os que têm gripe1 foram infectados por vírus3 da influenza4 sazonal ou pelo novo vírus3, o A H1N1. Passou-se agora a trabalhar com o diagnostico17 coletivo, exceto para aqueles que podem desenvolver a forma grave da doença, seja gripe1 comum ou gripe1 A. A exceção são os pacientes graves ou que podem ter o quadro de saúde5 agravado. Nesses casos, é importante saber o diagnóstico17 preciso porque, em muitas situações, eles podem ter gripe1 e desenvolver uma infecção18 bacteriana. Então, além do antiviral específico, essa pessoa pode receber um antibiótico ou outro tratamento.
Fonte: Ministério da Saúde5