Tuberculose: relatório da OMS divulga queda no número de pessoas que adoecem e morrem pela doença pela primeira vez
Relatório da Organização Mundial de Saúde1 (OMS) divulga que está diminuindo, pela primeira vez, o número de pessoas que adoecem de tuberculose2 (TB) a cada ano. Os novos dados também mostram que o número de pessoas que morrem da doença caiu para o menor nível em uma década. No entanto, o progresso atual está em risco, especialmente os esforços para combater a tuberculose2 resistente a medicamentos, devido ao subfinanciamento.
O novo relatório diz que:
- O número de pessoas que adoeceu com tuberculose2 caiu para 8,8 milhões em 2010, após um pico de cerca de nove milhões em 2005;
- As mortes por tuberculose2 caíram para 1,4 milhões em 2010, após terem atingido 1,8 milhões em 2003;
- A taxa de mortalidade3 da tuberculose2 caiu 40% entre 1990 e 2010. E todas as regiões, exceto a África, estão a caminho de atingir um declínio de 50% na mortalidade3 até 2015;
- Em 2009, 87% dos pacientes tratados foram curados, com 46 milhões de pessoas tratadas com sucesso e sete milhões de vidas salvas desde 1995. No entanto, um terço dos casos de tuberculose2 estimados em todo o mundo não são notificados e, portanto, não se sabe se eles foram diagnosticados e tratados adequadamente.
“Menos pessoas estão morrendo de tuberculose2 e menos estão adoecendo. Este é um grande avanço. Mas não é motivo para complacência”, segundo Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU, que também diz que "muitos milhões ainda desenvolvem tuberculose2 a cada ano e muitos morrem”.
A Diretora Geral da ONU, Dra. Margaret Chan, disse que “O desafio agora é construir esse compromisso, para aumentar o esforço global e prestar especial atenção à ameaça crescente da tuberculose2 multirresistente".
Progresso espetacular foi feito na China, onde a taxa de mortalidade3 caiu quase 80% entre 1990 e 2010. No Quênia e na Tanzânia, também tem havido um declínio substancial na última década, após um pico ligado à epidemia do HIV4.
O relatório da ONU também apresenta o desenvolvimento promissor de ferramentas para a prevenção, o diagnóstico5 e o tratamento da doença.