Quarenta e quatro por cento dos cardiopatas desconhecem os sintomas de um infarto agudo do miocárdio, apesar de terem cinco a sete vezes mais chances de sofrerem um ataque cardíaco
Kathleen Dracup e colaboradores da Escola de Enfermagem da Universidade da Califórnia (São Francisco) avaliaram 3.522 pacientes dos EUA, Austrália e Nova Zelândia que já haviam sofrido um ataque cardíaco e tinham sido submetidos a uma angioplastia1. Os resultados da pesquisa mostraram que 44% dos pacientes não conhecem os sintomas2 de um infarto3 agudo4 do miocárdio5.
Mulheres, pacientes que passaram por reabilitação cardíaca, pessoas com maiores níveis educacionais, indivíduos mais jovens e pacientes tratados por cardiologistas - e não por clínicos gerais - mostraram-se mais bem informados durante a pesquisa realizada.
Os sintomas2 incluem náusea6, dor na mandíbula7, no peito8 e no braço esquerdo. Para os pesquisadores, a redução das internações hospitalares colaborou para dificultar a conscientização dos pacientes. No passado, estes pacientes recebiam educação e aconselhamento de médicos e enfermeiras durante a internação.
De acordo com o estudo publicado na revista Archives of Internal Medicine, os cardiopatas têm maior chance de sobrevivência9 se o tratamento começa em um prazo de uma hora após o ataque, mas a maioria dos pacientes só chega aos hospitais depois de sentirem os sintomas2 durante 2,5 a 3 horas.
Vários estudos comprovam que pacientes que já sofreram um infarto3 não se apressam mais em procurar socorro do que os que não têm histórico de doença cardíaca. Os pesquisadores afirmam que a falta de conhecimento sobre os sintomas2 ajuda a explicar isso.
Fonte: Archives of Internal Medicine – Volume 168 de 26 de maio de 2008
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