Correlação entre a política universal de vacinação BCG e redução da morbimortalidade para COVID-19: um estudo epidemiológico
A COVID-19 se espalhou para a maioria dos países do mundo. Curiosamente, o impacto da doença não é o mesmo entre os diferentes países. Essas diferenças são atribuídas a distinções nas normas culturais, esforços de mitigação e infraestrutura de saúde1.
Em artigo postado na plataforma medRxiv, pesquisadores propõem que as diferenças nacionais no impacto da COVID-19 possam ser parcialmente explicadas pelas diferentes políticas nacionais relacionadas à vacinação infantil com Bacillus Calmette-Guérin (BCG2).
Foi relatado que a vacinação com BCG2 oferece ampla proteção às infecções3 respiratórias. Comparou-se um grande número de políticas de vacinação BCG2 de países com a morbimortalidade da COVID-19. Descobriu-se que países sem políticas universais de vacinação BCG2 (Itália, Holanda, EUA) foram mais severamente afetados em comparação com países com políticas universais e antigas de BCG2.
Os países que iniciaram tardiamente a política universal do BCG2 (Irã, 1984) apresentaram alta mortalidade4, consistente com a ideia de que a BCG2 protege a população idosa vacinada. Também descobriu-se que a vacinação com BCG2 também reduziu o número de casos relatados de COVID-19 em um país.
A combinação de morbidade5 e mortalidade4 reduzidas faz da vacinação BCG2 uma nova ferramenta potencial na luta contra a COVID-19.
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Fonte: medRxiv, publicação em 28 de março de 2020.