Sociedade Brasileira de Infectologia: há risco de epidemia mundial de coronavírus, mas não há motivo para pânico no momento
Casos de doença respiratória na China, causados pela nova cepa1 de coronavírus, têm colocado os profissionais de saúde2 e a população geral em alerta. Não há registros de casos suspeitos no Brasil, mas o Ministério da Saúde2 prepara a rede pública caso seja necessário atuar no atendimento de possíveis casos no país.
Em informe divulgado na sexta-feira (24), a Sociedade Brasileira de Infectologia alerta que há risco de epidemia global, mas não há motivo para pânico neste momento. A Organização Mundial de Saúde2 destacou que é cedo para declarar a situação como emergência3 em saúde2 pública internacional neste momento, devido ao número localizado de casos e pelas medidas que estão sendo tomadas.
A nova variante do coronavírus, denominada SARS-CoV-2, se espalhou a partir da região de Wuhan, na China, e não havia sido identificada em humanos anteriormente. Existiam apenas seis cepas4 conhecidas capazes de infectar humanos. Acredita-se que a fonte primária do vírus5 seja um mercado de frutos do mar e animais vivos em Wuhan.
As manifestações clínicas apresentadas por uma pessoa infectada variam desde quadros semelhantes a um resfriado comum até síndromes respiratórias graves, como a síndrome6 respiratória aguda grave (SARS, do inglês Severe Acute Respiratory Syndrome) e a síndrome6 respiratória do Oriente Médio (MERS, do inglês Middle East Respiratory Syndrome).
Sobre o contágio7 do novo vírus5, não se sabe muito até agora. As recomendações precisam ser acompanhadas e podem mudar de um dia para outro.
A transmissão do novo coronavírus, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), está limitada a grupos familiares e profissionais de saúde2 que cuidaram de pacientes infectados. “Também não há evidências de transmissão de pessoa a pessoa fora da China, mas isso não significa que não aconteça”, diz o informe da entidade médica. Não se sabe exatamente ainda sobre o período de incubação8, mas se presume que o tempo de exposição ao vírus5 e o início dos sintomas9 seja de até duas semanas.
Ainda não há um medicamento específico10 para o tratamento da COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus). Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas9, como analgésicos11 e antitérmicos12. Nos casos de maior gravidade, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação13 mecânica podem ser necessários.
A SBI orienta que para reduzir o risco de infecção14 pelo novo coronavírus, é preciso, dentre outros:
- Evitar contato próximo com pessoas com infecções15 respiratórias agudas.
- Lavar frequentemente as mãos16, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar.
- Cobrir nariz17 e boca18 ao espirrar ou tossir.
- Usar lenço descartável para higiene nasal.
- Evitar tocar nas mucosas19 dos olhos20.
- Higienizar as mãos16 após tossir ou espirrar.
- Evitar contato próximo com animais selvagens e doentes em fazendas ou criações.
O informe completo pode ser acessado pelo site da Sociedade Brasileira de Infectologia em:
Leia sobre "Insuficiência respiratória21", "Fisioterapia22 respiratória", "Oxigenioterapia" e "Ventilação13 mecânica".
Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia.