INCA lança livro sobre o câncer em crianças, adolescentes e adultos jovens
O livro "Incidência1, mortalidade2 e morbidade3 hospitalar por câncer4 em crianças, adolescentes e adultos jovens no Brasil: Informações dos registros de câncer4 e do sistema de mortalidade2" foi lançado no dia 10 de fevereiro de 2017 pelo INCA, e preenche a lacuna de informações nacionais sobre a incidência1, a mortalidade2 e a morbidade3 hospitalar relacionadas ao câncer4 no grupo de pessoas de zero a 29 anos.
O livro dá sequência à primeira publicação, "Câncer4 na Criança e no Adolescente no Brasil. Dados dos Registros de Base Populacional e de Mortalidade2", de 2008, que compreendeu a faixa etária de zero a 19 anos.
A tecnologista Marceli de Oliveira Santos, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA, diz que o livro é “instrumento necessário para a pesquisa e o planejamento em saúde5, para a melhoria da avaliação e a gestão do controle de câncer4 infanto-juvenil".
Seguem os destaques da publicação:
- Este livro tem como objetivo auxiliar os profissionais de saúde5 não especialistas em oncologia na condução dos casos suspeitos, contribuindo para a detecção precoce e o encaminhamento para o tratamento oportuno. Além de informar a população e a sociedade como um todo.
- As neoplasias6 em crianças e adolescentes diferem dos tumores dos adultos quanto à forma, ao comportamento clínico e às localizações primárias e, por isso, devem ser estudadas separadamente: quase sempre, afetam as células7 do sistema sanguíneo e as dos tecidos de sustentação. Nos adultos, as células7 epiteliais, que recobrem órgãos, são as mais afetadas.
- A estimativa realizada pelo INCA, para o Brasil, prevê a ocorrência de 12.600 casos novos de câncer4 em crianças e adolescentes até os 19 anos para o ano de 2017. As Regiões Sudeste e Nordeste apresentarão os maiores números de casos novos, seguidas pelas Regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. No Brasil, em 2014, ocorreram 2.724 óbitos por câncer4 em crianças e adolescentes (de 0 a 19 anos) [INCA, 2015]. As neoplasias6 ocuparam a segunda posição (7%) de óbitos de crianças e adolescentes em 2014, ultrapassadas somente pelos óbitos por causas externas, configurando-se como a doença que mais mata nessa faixa etária [MINISTÉRIO DA SAÚDE5, 2014].
- No grupo de adolescentes e adultos jovens (de 15 a 29 anos), o percentual mediano de neoplasias6 foi de 4,3%, valor um pouco menor que o da literatura mundial. O grupo dos carcinomas foi o mais frequente (34%), seguido dos linfomas (12%) e dos tumores de pele8, incluindo melanomas e carcinomas (9%). A mediana das taxas médias de incidência1, ajustadas por idade, foi de 236,16 por milhão, sendo de 241,74 por milhão para o sexo feminino e de 212,71 para o sexo masculino.
- Os tumores infanto-juvenis (de 0 a 19 anos) corresponderam a 2,8% de todas as neoplasias6 informadas. Os tumores classificados nos grupos I e II da Cici – leucemias, doenças mieloproliferativas9 e doenças mielodisplásicas (30,6%) e linfomas e neoplasias6 reticuloendoteliais (16,6%) – foram os mais frequentes, responsáveis por 47,2% do total de casos. Em terceiro lugar, apresentaram-se os tumores do grupo III – do SNC10 e neoplasias6 intracranianas e intraespinhais (9,3%) –, seguidos das neoplasias6 do grupo XI – outros neoplasmas11 malignos epiteliais e outros melanomas malignos (9,1%).
- Para o grupo de adolescentes e adultos jovens, as maiores frequências foram observadas para os carcinomas (com exceção de pele8), que representaram 38,4% dos casos, seguidos por linfomas, com 18,3%, e leucemias, com 10,9%. Juntas, essas três neoplasias6 somaram 67,6% do total de casos de câncer4 nos adolescentes e adultos jovens.
Leia sobre "Linfoma12", "Leucemias", "Melanoma13" e "Câncer4 de pele8 não-melanoma13".
Fonte: Instituto Nacional de Câncer4 (INCA) e Ministério da Saúde5