São Paulo Megacity - Pesquisa sobre saúde, bem-estar e estresse - revela: um em cada dez moradores da Grande São Paulo precisa de tratamento psiquiátrico
Um em cada dez moradores da Grande São Paulo, a maior região metropolitana do país, precisa de tratamento psiquiátrico. A pesquisa do Projeto São Paulo Megacity também indica que cerca de 40% dos moradores dessa região sofrem de algum tipo de transtorno psiquiátrico leve, moderado ou grave.
Por meio desta pesquisa, realizada pelo Hospital das Clínicas para um estudo que a Organização Mundial da Saúde1 (OMS) promove em 28 países, compreenderemos melhor doenças físicas e mentais que afetam a qualidade de vida da população, buscando identificar quais as melhores formas de prevenção, diagnóstico2 e tratamento.
Os números, altos, não assustam os médicos, já que levam em conta todas as doenças psiquiátricas - de dependência à nicotina a síndrome3 do pânico, incluindo depressão e bulimia4. As estatísticas fazem parte do levantamento preliminar da pesquisa, que visa determinar a incidência5 e o tipo de transtornos psiquiátricos que vêm atingindo a população.
A São Paulo Megacity integra o Estudo Mundial de Saúde1 Mental Social, da OMS, promovido em países como EUA, França, Alemanha, Nigéria, Colômbia e México.
No Brasil, ela teve início em maio do ano passado e deve levar mais um ano para ser concluída. Já foram entrevistados cerca de 3.000 habitantes da Grande São Paulo (de todas as classes sociais, com 18 anos ou mais, divididos por sexo), e serão ouvidos mais 2.500. Cerca de 40% desses 3.000 pesquisados mostraram algum tipo de transtorno, mas ainda não se sabe quantos são leves ou graves. A estimativa é que cerca de 10% precisem de tratamento (apenas terapia ou incluir o uso de remédios).
A São Paulo Megacity é formada pela fase domiciliar, onde as pessoas são ouvidas em casa, e pela hospitalar, na qual cerca de 750 entrevistados serão acompanhados por médicos do Hospital das Clínicas. Serã realizados exames psiquiátricos, clínicos e até genéticos para encontrar as causas dos transtornos.
Dos países participantes do estudo, 14 concluíram seus projetos e estão apresentando resultados. Na Nigéria, 80,9% apresentaram algum transtorno em até 12 meses antes da entrevista. No outro extremo vem a China, com 4,3%.
Um dos problemas mais comuns é a busca a todo custo pela magreza. Mulheres mais radicais não correm o risco só de ter bulimia4. Podem apresentar depressão, ansiedade e até fobia6. A prevenção deve focar na troca de hábitos.
Fonte: Projeto São Paulo Megacity