OMS e Unaids recomendam a circuncisão masculina como forma de prevenir a infecção por HIV, principalmente em países africanos
Dada a necessidade de redução do número de novos casos do HIV1 em todo o mundo, a OMS (Organização Mundial de Saúde2) e a Unaids (agência criada pela ONU para tratar exclusivamente da síndrome3 da imunodeficiência4 adquirida) convocaram uma reunião de especialistas, realizada em março na Suíça, para determinar se a recomendação de circuncisão masculina é uma medida de prevenção da infecção5 por HIV1.
A conclusão é que a circuncisão masculina acarretará um benefício pessoal imediato e, após vários anos, terá impacto na epidemia mundial. Este representa um importante avanço na prevenção da infecção5 por HIV1/AIDS em países com taxas elevadas de infecção5 heterossexual por HIV1. É o que mostraram três estudos controlados realizados no Quênia, Uganda e África do Sul, pelos quais concluiu-se que a circuncisão masculina reduz em aproximadamente 60% o risco de infecção5 masculina adquirida por via heterossexual.
A circuncisão deve sempre fazer parte de um conjunto de medidas de prevenção, como exames de detecção do vírus6, tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, promoção de práticas sexuais seguras e distribuição e incentivo ao uso correto de preservativos masculinos e femininos. O esclarecimento dos homens e suas parceiras é fundamental para que não se crie a falsa sensação de segurança, que pode levar a um comportamento de risco, o qual poderia anular a proteção conferida pela circuncisão masculina.
Em geral, a circuncisão masculina traz poucos riscos, mas que podem ser graves se realizada por profissionais não habilitados, em locais com pouca higiene ou com instrumentos cirúrgicos inadequados. Todos os países devem primar pela realização de circuncisão observando plenamente os princípios da ética médica e dos direitos humanos.
Fonte: Organização das Nações Unidas