Farmácia que fabricou lidocaína é interditada em Minas
A Vigilância Sanitária de Minas Gerais interditou ontem, 16 de agosto, a Farmácia de Manipulação Neoativa, que fabricou a lidocaína suspeita de causar a morte de três pessoas, na Bahia. O anestésico era produzido em grande escala e distribuído pela empresa Medicminas Equipamentos Médicos Ltda, que colocava seu rótulo no produto e o revendia para os estabelecimentos de saúde1. O procedimento é ilegal, pois farmácias de manipulação só podem vender medicamentos mediante prescrição médica e são proibidas de produzi-los em grande quantidade.
Na segunda-feira, 15 de agosto, a distribuidora Medicminas foi interditada pela vigilância por não possuir autorização de funcionamento, concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em ação integrada com as vigilâncias sanitárias estaduais de Minas Gerais e Bahia, a Anvisa continua investigando a causa das mortes. A suspensão de comercialização e uso dos medicamentos Lidocaína spray 500 ml, Lidocaína 10% solução 500ml e Lidocaína 2% Gel 120g prevalece até que as análises laboratoriais sejam concluídas.
Na última sexta-feira, dia 12, no hospital do município de Itagibá, sul da Bahia, três pessoas morreram e outras 12 se sentiram mal após tomar o medicamento. As 15 pessoas apresentaram dores de cabeça2 e tonturas3 uma hora depois de receber o anestésico, utilizado para diminuir o desconforto e os reflexos do esôfago4 durante os exames de endoscopia5.
As determinações da Anvisa não comprometem a realização de exames de endoscopia5, desde que a lidocaína utilizada não seja das empresas interditadas.
Qualquer relato de reações adversas por uso desses medicamentos deve ser notificado à agência, pelo portal www.anvisa.gov.br, no link Eventos Adversos.
Fonte: Ministério da Saúde1