Pigmentação da pele e risco de perda auditiva em mulheres
Os indivíduos negros apresentam menor risco de perda de audição do que os brancos, possivelmente devido a diferenças nos melanócitos1 cocleares. Estudos anteriores sugeriram que os indivíduos de pele2 mais escura tendem a ter mais melanina3 na orelha interna4 e os melanócitos1 cocleares são importantes na geração do potencial endococlear. Neste trabalho foi investigada a relação entre a perda de audição autorrelatada e a pigmentação da pele2 usando a cor do cabelo5, a habilidade de bronzeamento da pele2 e a reação cutânea6 à exposição prolongada ao sol como medidas de pigmentação, em 49.332 mulheres brancas, no estudo Nurses’ Health Study.
Os modelos de regressão de riscos proporcionais de Cox foram utilizados para ajustar os possíveis fatores de confusão. Durante o acompanhamento (1982-2012), não houve associação entre o risco de perda auditiva e a cor do cabelo5 (para cabelos negros versus cabelo5 vermelho ou loiro), [risco relativo ajustado por análise multivariável (RR) = 0,99; intervalo de confiança de 95% (IC 95%): 0,90 a 1,09]; habilidade de bronzeamento da pele2 (para bronzeado escuro versus não bronzeado), [RR ajustado multivariável = 0,98; IC 95%: 0,92 a 1,05]; reação cutânea6 à exposição prolongada ao sol (para queimadura dolorosa com blisters versus praticamente nenhuma reação), [RR ajustado multivariável = 1,01; IC 95%: 0,93 a 1,08] ou fototipo de pele2 segundo a classificação de Fitzpatrick (para o tipo IV versus tipo I), [RR ajustado por variação multivariada = 0,99; IC 95%: 0,92 a 1,05].
Nesta coorte7 de mulheres brancas, as medidas de pigmentação da pele2 não foram associadas ao risco de perda auditiva.
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Fonte: American Journal of Epidemiology, em 19 de maio de 2017