Casos de sarampo são registrados em 11 países das Américas
Apesar de ter sido a primeira região do mundo a ser declarada como "livre de sarampo1", uma doença viral que pode causar graves problemas de saúde2, as Américas notificaram 385 casos confirmados de sarampo1 em onze países em 2018. Os dados são de uma recente atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde2/Organização Mundial da Saúde2 (OPAS/OMS).
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Os casos notificados estão em: Antígua e Barbuda (1 caso), Argentina (1), Brasil (46), Canadá (4), Colômbia (5), Equador (1), Estados Unidos (41), Guatemala (1), México (4), Peru (2) e Venezuela (279). A maioria são casos importados ou em pessoas sem histórico de vacinação.
Na Venezuela, 67% dos casos confirmados foram registrados no estado de Bolívar, sendo a propagação do vírus3 explicada, entre outros fatores, pelo movimento migratório intenso da população devido à atividade econômica.
No Brasil, há um surto em andamento em Roraima (42 casos confirmados, dos quais 34 cidadãos venezuelanos e oito brasileiros) e no Amazonas (quatros casos confirmados, todos cidadãos brasileiros). O Ministério da Saúde2 brasileiro, em coordenação com os governos estaduais e municipais, está realizando campanhas de vacinação nos dois estados (tanto para residentes quanto imigrantes venezuelanos de 6 meses a 49 anos de idade).
A vacinação da população suscetível é a principal medida para prevenir a introdução e disseminação do vírus3 do sarampo1, além da implementação de um sistema de vigilância de alta qualidade para detectar de forma oportuna quaisquer casos suspeitos.
A Organização Pan-Americana da Saúde2/Organização Mundial da Saúde2 (OPAS/OMS) recomenda vacinar a população, mantendo uma cobertura homogênea de 95% com a primeira e a segunda doses da vacina4 contra sarampo1, caxumba5 e rubéola6 em todos os municípios. A Semana de Vacinação nas Américas começa em 22 de abril.
Outras recomendações importantes são:
- Vacinar populações em risco (sem comprovação de vacinação ou imunidade7 contra sarampo1 e rubéola6), como profissionais de saúde2, pessoas que trabalham com turismo e transporte (hotelaria, aeroportos, motoristas de táxi, etc.) e viajantes internacionais.
- Manter uma reserva de vacinas contra sarampo1 e rubéola6 e de seringas para controle de casos importados em cada país da Região.
- Fortalecer a vigilância epidemiológica para detecção oportuna de todos os casos suspeitos de sarampo1.
- Estabelecer mecanismos padronizados para fornecer uma resposta rápida frente aos casos importados de sarampo1.
- Identificar fluxos migratórios do exterior (chegada de estrangeiros) e fluxos internos (movimentos de grupos populacionais) em cada país, a fim de facilitar o acesso aos serviços de vacinação, de acordo com o calendário nacional de imunização8.
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Leia a reportagem completa em: Região das Américas registra casos de sarampo1 em 11 países
Fonte: Organização Pan-Americana de Saúde2, em 9 de abril de 2018