Tratamento para dor lombar aguda, subaguda e crônica: diretriz do American College of Physicians
O American College of Physicians (ACP) desenvolveu esta diretriz para apresentar as evidências e fornecer as recomendações clínicas sobre o tratamento não invasivo da dor lombar.
Usando o sistema de classificação ACP, o comitê baseou essas recomendações em uma revisão sistemática de ensaios randomizados e controlados e de revisões sistemáticas, publicados até abril de 2015, sobre tratamentos não farmacológicos e farmacológicos não invasivos para a dor lombar. As buscas atualizadas foram realizadas até novembro de 2016.
Os desfechos clínicos avaliados incluíram redução ou eliminação da dor lombar, melhora na função específica e global, melhoria da qualidade de vida relacionada à saúde1, redução da incapacidade para o trabalho e retorno ao trabalho, redução do número de episódios de dor nas costas2 ou da recorrência3 dos episódios de dor, além da satisfação do paciente e os efeitos adversos apresentados.
O público-alvo desta diretriz inclui todos os clínicos e a população-alvo de pacientes adultos com dor lombar aguda, subaguda4 ou crônica.
Saiba mais nos artigos "Você tem “dores nas costas”? Por quê?", "Dores nas costas2" e "Lombalgia5, dor nas costas2 ou dor lombar: ela te incomoda?".
Recomendação 1:
Dado que a maioria dos pacientes com dor lombar aguda ou subaguda4 melhora ao longo do tempo, independentemente do tratamento, os clínicos e os pacientes devem selecionar o tratamento não-farmacológico com calor superficial (evidência de qualidade moderada), massagem, acupuntura ou manipulação espinhal (evidência de qualidade baixa). Caso o tratamento farmacológico seja desejado, os clínicos e os doentes devem escolher os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides ou relaxantes musculares esqueléticos (evidência de qualidade moderada). [Grau: forte recomendação].
Recomendação 2:
Para pacientes6 com dor lombar crônica, os clínicos e os pacientes devem inicialmente selecionar o tratamento não-farmacológico com exercícios, reabilitação multidisciplinar, acupuntura, redução do estresse baseado na atenção plena (evidência de qualidade moderada), tai chi chuan, ioga, exercício de controle motor, relaxamento progressivo, biofeedback eletromiográfico, terapia a laser de baixo nível, terapia operante, terapia cognitivo7-comportamental ou manipulação espinhal (evidência de baixa qualidade). [Grau: forte recomendação].
Recomendação 3:
Em pacientes com dor lombar crônica que tiveram uma resposta inadequada à terapia não-farmacológica, os clínicos e os pacientes devem considerar o tratamento farmacológico com anti-inflamatórios não esteroidais como terapia de primeira linha, tramadol ou duloxetina como terapia de segunda linha. Os clínicos só devem considerar o uso de opioides como uma opção de tratamento para pacientes6 em que os tratamentos acima mencionados falharam e somente se os benefícios potenciais superarem os riscos para os pacientes individualmente e após uma discussão com os pacientes sobre os riscos conhecidos e os reais benefícios. [Grau: recomendação fraca, evidência de qualidade moderada].
Veja também sobre "Prevenir dores nas costas2 de mães que tiveram bebês8 recentemente", "Dor crônica", "Acupuntura" e "Fisioterapia9".
Fonte: Annals of Internal Medicine, publicação online, de 14 de fevereiro de 2017