Novos estudos mostram que fibras não-solúveis na dieta protegem contra doenças cardiovasculares
Com o objetivo de examinar a relação entre o tipo de fibras consumido na dieta e o risco de doenças cardiovasculares1, um estudo francês de coorte2 publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition envolveu 3429 mulheres e 2532 homens. Os participantes tinham entre 35 e 60 anos, e foram separados em 5 grupos de acordo com o tipo de fibras consumido. Foram obtidas informações sobre os hábitos de alimentação e o estilo de vida. A conclusão foi que a maior ingestão de fibras, principalmente as não-solúveis, está relacionada a menores riscos de desenvolver obesidade3, hipertensão arterial4 ou dislipidemias. Dieta rica em fibras solúveis foram menos efetivas.
Fibras de cereais foram associadas com menor índice de massa corporal5, de pressão arterial6 e menores concentrações de homocisteína (relacionada a doenças cardiovasculares1). Fibras de vegetais têm relação com baixa pressão arterial6 e menor concentração de homocisteína e, as fibras de frutas, com baixo índice de relação cintura-quadril e melhores índices de pressão arterial6. Fibras de frutas secas, nozes e sementes foram associadas com menor índice de massa corporal5 e de relação cintura-quadril e também a níveis de glicemia7 mais baixos.
A ingestão de fibras está inversamente correlacionada com doença cardíaca e fatores de risco para ambos os sexos, o que reforça seu papel protetor contra doenças cardiovasculares1 e recomenda um aumento do consumo.
Fonte: American Journal of Clinical Nutrition Volume 82, número 6, 1185-1194, dezembro de 2005.