Quando devemos fazer a triagem do câncer colorretal? Meta-análise de estudos com sigmoidoscopia flexível publicada no BMJ
Para determinar o momento que a realização de uma sigmoidoscopia flexível traz benefícios para o rastreio do câncer1 colorretal foi feita uma meta-análise com revisão sistemática das bases de dados Medline e Cochrane Library.
Os critérios de elegibilidade incluíram ensaios clínicos2 randomizados e controlados comparando pacientes que fizeram triagem com a realização de sigmoidoscopia flexível e aqueles sem triagem. Ensaios com menos de 100 exames de sigmoidoscopia flexível foram excluídos.
Quatro estudos foram elegíveis (n=459.814). Eles foram semelhantes para a idade dos pacientes (50-74 anos), tempo de acompanhamento (11,2-11,9 anos) e risco relativo de mortalidade3 relacionada ao câncer1 colorretal (0,69-0,78 com a triagem com sigmoidoscopia flexível). Para cada 1.000 pessoas rastreadas no quinto e no décimo anos de acompanhamento, foram relacionadas 0,3 e 1,2 mortes por câncer1 colorretal, respectivamente. Demorou 4,3 anos (intervalo de confiança 95% 2,8 a 5,8) para observar uma redução do risco absoluto de 0,0002 (uma morte relacionada com câncer1 colorretal evitada para cada 5.000 triagens com sigmoidoscopia flexível). Demorou 9,4 anos (7,6 a 11,3) para observar uma redução do risco absoluto de 0,001 (uma morte relacionada com câncer1 colorretal evitada para cada mil triagens com sigmoidoscopia flexível).
Os resultados do presente estudo sugerem que a triagem com sigmoidoscopia flexível é mais apropriada para adultos mais velhos com expectativa de vida4 maior do que cerca de 10 anos.
Fonte: BMJ, de 16 de abril de 2015