Ácido valproico mostra potencial terapêutico positivo para a retinite pigmentosa, de acordo com pesquisa publicada pelo British Journal of Ophthalmology
De acordo com estudo publicado pelo British Journal of Ophthalmology, o ácido valproico, medicamento usado para tratar crises epilépticas e transtorno bipolar, mostrou potencial terapêutico positivo para pacientes1 com retinite pigmentosa.
A pesquisa, realizada por cientistas da University of Massachusetts Medical School e colaboradores, teve o objetivo de examinar a eficácia e segurança do ácido valproico para pacientes1 com retinite pigmentosa. O campo e a acuidade visuais de treze olhos2 foram examinados antes e após tratamento com ácido valproico (cerca de 4 meses de duração). Nove deles melhoraram o campo visual3 com o tratamento, dois olhos2 reduziram o campo visual3 e dois não apresentaram alterações, com média de aumento de 11%. Este aumento foi considerado estatisticamente significativo. Os efeitos colaterais4 observados foram mínimos e bem tolerados.
Concluiu-se que o uso de ácido valproico pode trazer benefícios para pacientes1 com retinite pigmentosa. Ele parece proteger as células5 fotorreceptoras da inflamação6. Uma triagem clínica rigorosa, com o uso de placebo7, é necessária para avaliar a eficácia e a segurança do ácido valproico no tratamento da retinite pigmentosa.
A retinose pigmentar é uma doença degenerativa8 hereditária que afeta a retina9 e pode levar à cegueira. Sintomas10 como cegueira noturna ou perda de visão periférica11 iniciam-se na adolescência ou no início da idade adulta, mas podem ocorrer na infância. É uma doença rara.
Fonte: British Journal of Ophthalmology, volume 94, de julho de 2010