Aspirina pode reduzir risco de desenvolver câncer de pâncreas, publicado pelo Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention
O prognóstico1 do câncer2 de pâncreas3 é sombrio, com sobrevida4 em cinco anos menor do que 5%. Relações significativas entre o uso de aspirina e a diminuição da incidência5 e da mortalidade6 do câncer2 de pâncreas3 já foram mostradas em quatro de treze estudos.
Para melhor avaliar uma possível associação entre o uso de aspirina e o risco de câncer2 de pâncreas3, foram utilizados dados de um estudo de base populacional, realizado em Connecticut, entre janeiro de 2005 e agosto de 2009, com 362 casos de câncer2 de pâncreas3 diagnosticados em uma amostra aleatória de 690 indivíduos da população geral que fizeram parte de um grupo controle que não tinha diagnóstico7 prévio de câncer2.
Em geral, o uso regular de aspirina foi associado à redução do risco de câncer2 de pâncreas3, tanto para o uso de dose baixa de aspirina (75 a 325 mg ao dia) quanto para o uso de aspirina em dose regular (dose maior do que 325 mg a cada quatro ou seis horas). Para cada ano de uso de aspirina o risco de câncer2 de pâncreas3 diminuiu 6% com o uso de baixa dose e 2% com o uso da dose regular. Além disso, a descontinuação do uso de aspirina nos dois anos anteriores ao início do estudo foi associada a um risco aumentado de três vezes para o câncer2 de pâncreas3, em comparação com o uso continuado.
Concluiu-se que os resultados do presente trabalho fornecem suporte de que um regime diário de aspirina possa reduzir o risco de desenvolver câncer2 de pâncreas3.
É importante lembrar que o uso de aspirina em longo prazo traz benefícios para doenças cardiovasculares8 e câncer2, mas pode haver complicações hemorrágicas9 apreciáveis que exigem análise do risco-benefício para usos individuais.
Fonte: Cancer2 Epidemiology, Biomarkers & Prevention, publicação online de 26 de junho de 2014