Doença celíaca e risco aumentado para doença linfoproliferativa maligna em pacientes com atrofia persistente das vilosidades, publicado pelo Annals of Internal Medicine
A doença celíaca (DC) é associada a um risco aumentado para doença maligna linfoproliferativa (LPM). Se este risco é afetado pelos resultados do seguimento com biópsia1 intestinal realizada para documentar a cicatrização da mucosa2, isto é desconhecido. O objetivo do presente estudo de coorte3, de base populacional, publicado pelo periódico Annals of Internal Medicine, foi examinar a associação entre a cicatrização da mucosa2 na doença celíaca e o risco subsequente de malignidade para a doença linfoproliferativa.
A pesquisa foi realizada em 28 departamentos de patologia4, na Suécia, e contou com a participação dos dados de 7.625 pacientes com doença celíaca (DC) que tinham acompanhamento com biópsia1 após o diagnóstico5 inicial.
Após análises estatísticas, os resultados mostraram que entre os 7.625 pacientes com DC e acompanhamento com biópsia1, 3.308 (43%) tinham atrofia6 persistente das vilosidades. O risco global para a doença linfoproliferativa maligna foi maior do que na população em geral e foi maior em pacientes com atrofia6 persistente das vilosidades do que entre aqueles com cicatrização da mucosa2. A atrofia6 persistente das vilosidades em comparação com a cicatrização da mucosa2 foi associada a um risco aumentado para a doença linfoproliferativa maligna. O risco de linfoma7 de células8 T foi aumentado, mas não o de linfoma7 de células8 B.
A limitação deste estudo é que não existem dados sobre a aderência à dieta dos pacientes celíacos.
Concluiu-se que o aumento do risco de doença linfoproliferativa maligna em pessoas com doença celíaca é associado aos resultados da biópsia1 de acompanhamento, com um risco maior para os pacientes com atrofia6 persistente das vilosidades. O seguimento com biópsia1 pode efetivamente estratificar o risco de pacientes com doença celíaca em relação à doença linfoproliferativa maligna subsequente.