JAMA: imunogenicidade de duas doses da vacina contra o HPV em adolescentes mais jovens versus três doses em mulheres jovens
Um ensaio clínico randomizado1, publicado pelo periódico JAMA, avaliou a importância do uso global da vacina2 contra o papilomavírus humano (HPV) para prevenir o câncer3 cervical e seu impedimento devido ao alto custo da vacina2. Um esquema de duas doses para as meninas pode ser possível, ao invés daquele de três doses atualmente usado.
O objetivo do presente estudo foi determinar se os níveis médios de anticorpos4 para HPV-16 e HPV-18 entre as meninas que receberam duas doses da vacina2 contra o HPV não foram inferiores aos das mulheres que receberam três doses.
As pacientes participaram de uma pesquisa randomizada, multicêntrica, estratificada por idade. Meninas de 9 a 13 anos foram randomizadas para receber três doses da vacina2 quadrivalente contra o HPV com 0, 2 e 6 meses (n = 261) ou duas doses com intervalo de 0 e 6 meses (n = 259). Mulheres jovens de 16 a 26 anos receberam três doses em 0, 2 e 6 meses (n = 310). Os níveis de anticorpos4 foram medidos aos 0, 7, 18, 24, e 36 meses.
Concluiu-se que entre as meninas que receberam duas doses de vacina2 contra HPV, com 6 meses de intervalo, as respostas ao HPV-16 e HPV-18, um mês após a última dose não foram inferiores àquelas entre mulheres jovens que receberam três doses da vacina2 no prazo de 6 meses. Por causa da perda de não inferioridade de alguns genótipos aos 24 e 36 meses em meninas que receberam duas doses versus três doses, são necessários mais dados sobre a duração da proteção antes de reduzir as doses recomendadas.
Fonte: JAMA, volume 309, número 17, de 1° de maio de 2013