Neurology: alterações encontradas no EEG ou na RNM podem estar associadas a lesões agudas provocadas pelo estado de mal epiléptico febril em crianças
O estudo FEBSTAT (Consequências de Crises Epilépticas Febris Prolongadas), publicado pela revista médica Neurology, abordou prospectivamente as relações entre os resultados do eletroencefalograma1 (EEG) e da ressonância nuclear magnética (RNM) em uma coorte2 de crianças em acompanhamento clínico desde o momento do início do estado de mal epiléptico febril .
Foram estudadas 199 crianças, com idades entre um mês e cinco anos, com estado de mal epiléptico febril dentro das primeiras 72 horas da apresentação. As crianças foram submetidas a uma história detalhada, exame físico, ressonância nuclear magnética e EEG em 72 horas do início da crise. Todos os EEGs foram lidos por duas equipes médicas e, em seguida, em uma reunião dos especialistas. Associações com EEG anormal foram determinadas por meio de regressão logística.
Dos 199 EEGs, 90 (45,2%) tiveram resultados alterados, com as anormalidades mais comum sendo desaceleração focal (n = 47), atenuação (n = 25), ou ambas, envolvendo áreas cerebrais temporais em quase todos os casos. Anormalidades epileptiformes estavam presentes em treze EEGs (6,5%). Os achados dos EEGs foram "altamente associados" a evidências de lesão3 aguda do hipocampo4 na RNM.
Concluiu-se que a desaceleração focal ou a atenuação no EEG estão presentes em EEGs obtidos dentro de 72 horas do início do estado de mal epiléptico febril em uma proporção substancial de crianças e são altamente associados com evidências de lesão3 aguda do hipocampo4 na RNM. Estes resultados podem ser um marcador sensível e prontamente obtido de lesões5 agudas associadas ao estado de mal epiléptico. Os pesquisadores liderados por Douglas R. Nordli continuarão a avaliar se estes achados podem predizer um risco futuro para a epilepsia6.