Dois pacientes são curados de melanoma em estágio avançado com uso de terapia gênica
Estudo publicado na revista Science Online de 31 de agosto mostra que cientistas do Instituto Nacional do Câncer1 dos EUA usaram células2 geneticamente modificadas para tratar 17 pacientes com melanoma3 (tumor4 de pele5) e obtiverem sucesso em dois deles. Todos os 17 pacientes tinham tumores em estágio avançado com metástases6. Dois dos dezessete pacientes se curaram, 13 mostraram aumento do número de linfócitos sem regressão do tumor4 e em dois pacientes não houve nenhuma reação. Todos já tinham se submetido ao tratamento padrão de quimioterapia7 e radioterapia8 sem sucesso. É a primeira vez que esta técnica obtém sucesso no tratamento do câncer1. A técnica consistiu em estimular o sistema imunológico9 dos próprios pacientes a reconhecer e atacar as células2 tumorais. Os pesquisadores extraíram linfócitos dos doentes e inseriram neles um gene, usando um vírus10 para transferir o gene para as células2 "normais". Este gene carrega o código para uma molécula tumoral específica chamada de célula11 T receptora. Esses novos linfócitos foram reimplantados nos pacientes na tentativa de serem acolhidos pelo sistema imune12. Uma vez incorporados eles poderiam reconhecer e atacar o melanoma3. Esses linfócitos modificados podem persistir no organismo por pelo menos 2 meses. Este estudo é uma esperança para pacientes13 com melanoma3 em estágio terminal. A equipe do doutor Steven Rosenberg, coordenador do estudo, reconhece que a técnica ainda está em fase preliminar de desenvolvimento.
Fonte: Science Express