Tipo de câncer de mama difícil de detectar está em ascensão: taxas de carcinoma lobular invasivo aumentaram quase 3% ao ano de 2012 a 2021

O carcinoma¹ lobular invasivo (CLI) agora representa um em cada 10 casos de câncer² de mama³ nos EUA e está aumentando a uma taxa mais de três vezes maior que a de outros tipos de câncer² de mama³, de acordo com um relatório da American Cancer² Society (ACS), publicado no jornal científico Cancer².

Em 2025, estima-se que 33.600 mulheres serão diagnosticadas com CLI, que possui características únicas que dificultam sua detecção e podem contribuir para atrasos no diagnóstico⁴. Se fosse classificado como um câncer² à parte, o CLI representaria o sétimo câncer² mais comum diagnosticado entre as mulheres, de acordo com uma equipe de pesquisadores da ACS liderada por Angela Giaquinto.

A incidência⁵ de carcinoma¹ lobular invasivo mais que dobrou no último meio século, passando de cerca de 6 por 100.000 mulheres em 1975 para 14 por 100.000 mulheres em 2021. No entanto, esse aumento se intensificou na década mais recente do estudo (2012-2021), com taxas crescendo 2,8% ao ano, em comparação com 0,8% para outros tipos de câncer² de mama³.

Os CLIs são mais propensos a serem resistentes à terapia em comparação com o subtipo mais comum (o carcinoma¹ ductal invasivo) e os casos de doença avançada estão associados a um pior prognóstico⁶, de acordo com os pesquisadores.

“O câncer² de mama³ lobular invasivo é muito pouco estudado, provavelmente devido ao seu prognóstico⁶ favorável a curto prazo. Mas, após 10 anos, essas mulheres com doença metastática⁷ têm metade da probabilidade de estarem vivas em comparação com mulheres com câncer² ductal, provavelmente devido à disseminação peculiar e à resistência à terapia”, afirmou a co-autora Rebecca Siegel, da ACS, em um comunicado à imprensa.

“Nosso estudo ressalta a necessidade de muito mais informações sobre cânceres lobulares em geral, desde estudos genéticos até dados de ensaios clínicos⁸, para que possamos melhorar os resultados para o número crescente de mulheres afetadas por esse câncer”, acrescentou Siegel.

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Os autores do estudo destacaram que o CLI é geralmente combinado com o carcinoma¹ ductal invasivo em pesquisas e ensaios clínicos⁸, mascarando muitas características únicas e importantes, incluindo como o câncer² aparece e cresce.

Por exemplo, os CLIs crescem em um padrão linear ou disperso, em vez de formar um nódulo⁹ típico de outros cânceres de mama³, o que torna mais difícil sua detecção clínica e por meio de mamografia¹⁰, observaram. O CLI também pode apresentar sintomas¹¹ atípicos, como inversão do mamilo, espessamento da pele¹² ou retração da pele¹².

“O padrão metastático do carcinoma¹ lobular também é um tanto distinto, com maior probabilidade de disseminação para o revestimento do trato gastrointestinal e urinário e para os ovários¹³ em comparação com o carcinoma¹ ductal invasivo”, escreveram Giaquinto e seus co-autores. “Embora o prognóstico⁶ do carcinoma¹ lobular seja geralmente favorável, a doença responde menos à quimioterapia¹⁴ neoadjuvante e pode apresentar maior risco de envolvimento bilateral, recorrência¹⁵ tardia e subsequente câncer² primário contralateral.”

O aumento da incidência⁵ de CLI relatado foi semelhante em mulheres com menos de 50 anos (2,9% ao ano) e em mulheres com 50 anos ou mais (2,8% ao ano), bem como em mulheres de todos os grupos raciais e étnicos. A tendência foi observada na doença em estágio localizado e regional (aumento de 3,9% e 1,4% ao ano, respectivamente), enquanto a incidência⁵ de doença metastática⁷ e não estadiada permaneceu estável.

Giaquinto e seus co-autores afirmaram que o aumento das taxas de incidência⁵ de CLI, assim como o de outros tipos de câncer² de mama³, provavelmente é impulsionado por fatores de risco como obesidade¹⁶, idade mais jovem na primeira menstruação¹⁷, idade mais avançada na primeira gravidez¹⁸, idade mais avançada na menopausa¹⁹, além do aumento do consumo de álcool em algumas faixas etárias.

No artigo publicado, os autores relatam as estatísticas de 2025 do câncer² de mama³ lobular.

Eles contextualizam que as estatísticas do câncer² de mama³ e os dados de ensaios clínicos⁸ refletem, em grande parte, o carcinoma¹ ductal, o subtipo histológico²⁰ dominante, ocultando diferenças importantes para o carcinoma¹ lobular invasivo (CLI), o segundo subtipo mais comum.

Dados de registros de câncer² com representatividade nacional do Instituto Nacional do Câncer² e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças foram usados para relatar a incidência⁵ e os desfechos do CLI por idade, raça e etnia entre mulheres nos Estados Unidos.

Em 2021, a incidência⁵ de CLI foi de 14 por 100.000 mulheres, o que representou 10,6% dos diagnósticos de câncer² de mama³. As taxas aumentaram de 2012 a 2021 em todos os grupos étnico-raciais, variando de 2,5% ao ano em mulheres indígenas americanas/nativas do Alasca a 4,4% ao ano em mulheres asiáticas americanas/das ilhas do Pacífico. As mulheres brancas apresentam a maior incidência⁵ geral (14,7 por 100.000) e em todas as faixas etárias, seguidas pelas mulheres negras (11 por 100.000), embora as mulheres indígenas americanas/nativas do Alasca apresentem a segunda maior taxa entre as mulheres com menos de 50 anos.

Comparada ao carcinoma¹ ductal, a sobrevida²¹ para o CLI é ligeiramente maior nos primeiros 7 anos após o diagnóstico⁴ e semelhante em 10 anos no geral, mas menor para o CLI em estágios regionais e distantes da doença, talvez em parte devido ao seu padrão metastático único.

O estudo concluiu que o CLI possui características distintas que podem contribuir para a detecção tardia, resistência à terapia e pior prognóstico⁶ para doença avançada. Diferenciar o CLI do carcinoma¹ ductal em pesquisas e ensaios clínicos⁸ pode ajudar a identificar fatores de risco, facilitar a eficácia do tratamento e levar a uma melhor compreensão dos mecanismos metastáticos, melhorando assim os resultados para o número crescente de mulheres afetadas.

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