Fatores de risco modificáveis foram associados ao declínio cognitivo subjetivo em adultos com 45 anos ou mais
Adultos com declínio cognitivo1 subjetivo – um indicador precoce de possível doença de Alzheimer2 ou demência3 – eram prováveis de ter um grande número de fatores de risco modificáveis para demência3, mostraram dados de uma pesquisa publicada no Morbidity and Mortality Weekly Report do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos.
Mais de um em cada três adultos com 45 anos ou mais (34,3%) que disseram estar experimentando confusão ou perda de memória pior ou mais frequente tinham pelo menos quatro de oito fatores de risco modificáveis para demência3.
Em contraste, apenas 13,1% das pessoas sem declínio cognitivo1 subjetivo tinham quatro ou mais fatores modificáveis.
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Os oito fatores de risco modificáveis incluíram pressão alta, sedentarismo4, obesidade5, diabetes6, depressão, tabagismo, perda auditiva e consumo excessivo de álcool. A prevalência7 de declínio cognitivo1 subjetivo saltou de 3,9% em pessoas sem fatores de risco para 25% em pessoas com quatro ou mais fatores.
Em 2021, o Plano Nacional de Combate à Doença de Alzheimer8 introduziu uma nova meta que incluía a redução dos fatores de risco para ajudar a retardar o aparecimento ou retardar a progressão da doença de Alzheimer8 e da demência3.
Para avaliar o status dos oito fatores de risco modificáveis em potencial, os pesquisadores analisaram dados do módulo de declínio cognitivo1 que foi administrado a 140.076 adultos com idade de ≥45 anos em 31 estados dos EUA e no Distrito de Columbia na pesquisa do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco Comportamentais de 2019. Foram conduzidas entrevistas por telefone.
A maioria das pessoas que responderam à pesquisa tinha entre 45 e 64 anos (59%); as mulheres representaram 53% da amostra. Cerca de 74% dos participantes eram brancos, 12% eram negros e 9% eram hispânicos.
Os entrevistados da pesquisa foram classificados como experimentando declínio cognitivo1 subjetivo se responderam “sim” quando perguntados se tiveram piora ou maior frequência de confusão ou perda de memória nos 12 meses anteriores. A prevalência7 geral de declínio cognitivo1 subjetivo foi de 11,3%.
Os fatores de risco modificáveis mais comuns foram pressão alta (49,9%) e não cumprimento da diretriz de atividade física aeróbica (49,7%), seguidos por obesidade5 (35,3%), diabetes6 (18,6%), depressão (18,0%), tabagismo (14,9%), perda auditiva (10,5%) e consumo excessivo de álcool (10,3%).
Pessoas com declínio cognitivo1 subjetivo eram mais propensas a ter fatores de risco modificáveis. A prevalência7 de declínio cognitivo1 subjetivo variou de 28,5% em pessoas com depressão e 24,7% em pessoas com perda auditiva a 11,3% daqueles que relataram consumo excessivo de álcool.
Os autores acreditam que a implementação de estratégias baseadas em evidências para lidar com fatores de risco modificáveis pode ajudar a alcançar a nova meta do Plano Nacional de Combate à Doença de Alzheimer8 de reduzir o risco de Alzheimer2 e demência3 enquanto promove o envelhecimento saudável.
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Fontes:
Morbidity and Mortality Weekly Report, publicação em 20 de maio de 2022.
MedPage Today, notícia publicada em 20 de maio de 2022.