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Teplizumabe em indivíduos com alto risco de diabetes tipo 1 retarda o declínio metabólico rápido e melhora o estado metabólico

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Desfechos que fornecem uma identificação precoce dos efeitos do tratamento são necessários para implementar estudos de prevenção do diabetes tipo 11 com mais eficiência.

Para este fim, em estudo publicado na revista Diabetes2, pesquisadores avaliaram se os desfechos metabólicos podem ser usados ​​para detectar um efeito do teplizumabe no rápido declínio das células3 β dentro de 3 meses após o tratamento em indivíduos de alto risco no estudo TrialNet de teplizumabe.

As curvas de resposta da glicose4 e do peptídeo C5 (CRGCs) foram construídas traçando os valores médios da glicose4 e do peptídeo C5 a partir de testes orais de tolerância à glicose4 de 2 horas em uma grade bidimensional. Os grupos foram comparados visualmente para mudanças na forma e movimento da CRGC.

As alterações da CRGC refletiram deterioração metabólica acentuada no grupo de placebo6 dentro de 3 meses da randomização. Por 6 meses, as CRGCs se assemelhavam às CRGCs típicas no diagnóstico7.

Em contraste, as alterações da CRGC no grupo do teplizumabe sugeriram melhora metabólica. As comparações quantitativas, incluindo dois novos desfechos metabólicos que indicam mudanças na CRGC, o Desfecho Dentro do Quadrante (DDQ) e o Desfecho Direcional Ordinal (DDO), foram consistentes com as impressões visuais de um efeito do tratamento apreciável em pontos de tempo de 3 e 6 meses.

Em conclusão, uma abordagem analítica que combina evidências visuais com novos desfechos demonstrou que o Teplizumabe retarda o declínio metabólico rápido e melhora o estado metabólico dentro de 3 meses após o tratamento; este efeito se estende por pelo menos 6 meses.

Leia sobre "Diabetes Mellitus8", "Opções de tratamentos para o diabetes2", "Teste de tolerância à glicose4" e "Prevenção do diabetes2".

 

Fonte: Diabetes2, publicação em 22 de setembro de 2021.

 

NEWS.MED.BR, 2021. Teplizumabe em indivíduos com alto risco de diabetes tipo 1 retarda o declínio metabólico rápido e melhora o estado metabólico. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/1402655/teplizumabe-em-individuos-com-alto-risco-de-diabetes-tipo-1-retarda-o-declinio-metabolico-rapido-e-melhora-o-estado-metabolico.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.

Complementos

1 Diabetes tipo 1: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada por deficiência na produção de insulina. Ocorre quando o próprio sistema imune do organismo produz anticorpos contra as células-beta produtoras de insulina, destruindo-as. O diabetes tipo 1 se desenvolve principalmente em crianças e jovens, mas pode ocorrer em adultos. Há tendência em apresentar cetoacidose diabética.
2 Diabetes: Nome que designa um grupo de doenças caracterizadas por diurese excessiva. A mais frequente é o Diabetes mellitus, ainda que existam outras variantes (Diabetes insipidus) de doença nas quais o transtorno primário é a incapacidade dos rins de concentrar a urina.
3 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
4 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
5 Peptídeo C: (Connecting peptide) Substância que o pâncreas libera para a corrente sangüínea em igual quantidade de insulina. Indiretamente, indica a secreção de insulina pelo pâncreas. Um teste com baixos níveis de peptídeo C demonstra deficiência de secreção da insulina. Valores abaixo de 1,2 ng/ml indicam deficiência severa de insulina e necessidade de administração de insulina para o tratamento do diabetes.
6 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
7 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
8 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
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