O número de osteoclastos em uma amostra de biópsia pode predizer a eficácia da quimioterapia neoadjuvante para o osteossarcoma primário
O osteossarcoma é o tumor1 ósseo maligno primário mais comum e seu tratamento padrão é uma combinação de cirurgia e quimioterapia2. Uma resposta pobre à quimioterapia2 causa resultados oncológicos desfavoráveis.
Em pesquisa publicada na revista Nature Scientific Reports, investigou-se a correlação entre a diferenciação de osteoclastos3 em amostras de biópsia4 e a eficácia da quimioterapia2 neoadjuvante em amostras ressectadas.
Quarenta e nove pacientes submetidos à quimioterapia2 neoadjuvante e subsequente tratamento cirúrgico no Kanazawa University Hospital, no Japão, entre 1999 e 2018 foram incluídos. Usando registros médicos, investigou-se idade; sexo; tamanho, localização, subtipo, estadiamento do tumor1; agentes quimioterápicos (doxorrubicina, cisplatina, ifosfamida e metotrexato); número de cursos de quimioterapia2 neoadjuvante; número de osteoclastos3 em amostras de biópsia4; e eficácia da quimioterapia2 neoadjuvante de acordo com a classificação de Rosen e Huvos (Grau I-IV) em amostras ressectadas.
Análises univariadas e multivariadas foram realizadas para identificar fatores preditivos de uma boa resposta em amostras ressectadas após quimioterapia2 neoadjuvante. Uma boa resposta (Grau III/IV) foi detectada em 25 amostras, enquanto uma resposta fraca (Grau I/II) foi detectada em 24.
De acordo com a análise multivariada, idade ≥46 anos (odds ratio [OR], 0,05; intervalo de confiança [IC] de 95%, 0,01–0,45; p <0,01) e ≥5 osteoclastos3 maduros em uma amostra de biópsia4 (OR, 36,9; IC 95%, 6,03–225; p <0,01) foram significativamente associados à eficácia da quimioterapia2 neoadjuvante.
A precisão para prever uma boa resposta à quimioterapia2 com base em cinco ou mais osteoclastos3 em uma amostra de biópsia4 em pacientes com <46 anos foi de 85%.
A pesquisa mostrou, portanto, que o número de osteoclastos3 maduros em amostras de biópsia4 é um fator simples para prever a eficácia da quimioterapia2 antes do tratamento, embora mais estudos sejam necessários para determinar o mecanismo subjacente.
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Fonte: Nature Scientific Reports, publicação em 21 de janeiro de 2021.