Ação sinérgica de folato e testosterona é associada ao risco de câncer de mama
A quantidade de danos irreparáveis no DNA é uma função da taxa de divisão celular, e a associação entre hormônios sexuais e o risco de câncer1 de mama2 foi explicada por um aumento na divisão celular. A insuficiência3 de ingestão de folato leva a distúrbios na replicação e reparo do DNA.
A hipótese é que a insuficiência3 de ingestão de folato e altas concentrações séricas de hormônios sexuais agem sinergicamente sobre o risco de desenvolviemnto do câncer1 de mama2.
O objetivo deste estudo, publicado pelo periódico Nutrition Research, foi investigar a interação entre hormônios sexuais (exposição de interesse A) e ingestão de folato na dieta (exposição de interesse B) sobre o risco de câncer1 de mama2.
Foram incluídos 342 casos primários de câncer1 de mama2 na pós-menopausa4 e 294 controles obtidos em um grande estudo caso-controle de base populacional. Vários modelos de regressão logística condicional foram utilizados para a análise e as interações foram testadas.
O efeito conjunto da menor ingestão de folato na dieta (Tercil [T] 1 <259,40 mg/dia) e a maior concentração sérica de testosterona (T3 ≥0,410 pg/mL) no risco de câncer1 de mama2 foi de odds ratio = 9,18 (IC 95% 2,56-32,88) quando comparado com a categoria de menor risco, ou seja, o grupo de mulheres com maior ingestão de folato na dieta (T3 >381,29 mg/d) e menor concentração sérica de testosterona (T1 ≤0,25 pg/mL).
Houve algumas indicações de que o efeito conjunto estimado era maior que o produto dos efeitos estimados isoladamente (P = 0,001).
Esses achados têm implicações importantes na saúde5 pública no que diz respeito à redução do risco do câncer1 mais frequente em mulheres em todo o mundo.
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Fonte: Nutrition Research, publicação em 23 de outubro de 2019.