JAMA: associação de atividade física e risco de fratura entre mulheres na pós-menopausa
A quantidade e a intensidade da atividade física estão associadas à fratura1 total e fratura1 em local específico entre mulheres na pós-menopausa2?
Sabe-se que a atividade física está inversamente associada ao risco de fratura1 de quadril em mulheres mais velhas. No entanto, a associação de atividade física com fratura1 em outros locais e o papel do comportamento sedentário permanecem incertos.
Saiba mais sobre "Atividade física", "Luxação3 do quadril", "Fratura1 óssea" e "Sedentarismo4".
Este estudo, publicado pelo JAMA Network Open, buscou avaliar as associações de atividade física e comportamento sedentário com a incidência5 de fraturas em mulheres na pós-menopausa2.
O estudo de coorte6 prospectivo7 Women's Health Health Initiative incluiu 77.206 mulheres na pós-menopausa2, com idades entre 50 e 79 anos, entre outubro de 1993 e dezembro de 1998, em 40 centros clínicos dos EUA. As participantes foram observadas para os resultados até setembro de 2015, com a análise dos dados realizada de junho de 2017 a agosto de 2019.
Avaliou-se a atividade física e tempo sedentário autorreferidos. Os principais resultados e medidas foram razões de risco (HRs) e ICs de 95% para a incidência5 total e específica por local de fratura1.
Durante um período médio de acompanhamento (DP) de 14,0 (5,2) anos entre 77.206 mulheres (idade média [DP], 63,4 [7,3] anos; 66.072 [85,6%] brancas), 25.516 (33,1%) relataram uma primeira fratura1 incidente8.
A atividade física total foi inversamente associada ao risco multivariável de fratura1 de quadril (equivalente metabólico9 [MET] >17,7 horas/semana vs nenhuma: HR, 0,82; IC 95%, 0,72-0,95; P para tendência <0,001).
Também foram observadas associações inversas com fratura1 de quadril para caminhada (MET >7,5 h/sem vs nenhuma: HR, 0,88; IC 95%, 0,78-0,98; P para tendência = 0,01), atividade leve (HR, 0,82; IC 95% , 0,73-0,93; P para tendência = 0,003), atividade moderada a vigorosa (HR, 0,88; IC 95%, 0,81-0,96; P para tendência = 0,002) e trabalho no quintal (HR, 0,90; IC 95%, 0,82-0,99; P para tendência = 0,04).
A atividade total foi positivamente associada à fratura1 do joelho (MET >17,7 h/sem vs nenhuma: HR, 1,26; IC 95%, 1,05-1,50; P para tendência = 0,08).
Atividade leve foi associada a menores riscos de fratura1 vertebral clínica (HR, 0,87; IC 95%, 0,78-0,96; P para tendência = 0,006) e fraturas totais (HR, 0,91; IC 95%, 0,87-0,94; P para tendência <0,001).
Atividade moderada a vigorosa foi positivamente associada à fratura1 de punho ou antebraço10 (HR, 1,09; IC 95%, 1,03-1,15; P para tendência = 0,004).
Após o controle de covariáveis e atividade física total, o tempo sedentário foi associado positivamente ao risco total de fratura1 (>9,5 h/d vs <6,5 h/d: HR, 1,04; IC 95%, 1,01-1,07; P para tendência = 0,01).
Quando analisadas em conjunto, a atividade total mais alta mitigou parte do risco total de fratura1 associado ao comportamento sedentário. A análise das exposições variáveis no tempo resultou em associações um pouco mais fortes para a atividade física total, enquanto as do tempo sedentário permaneceram materialmente inalteradas.
Em idosas avaliadas em contexto ambulatorial, maior atividade física total foi associada a menor risco de fratura1 total e de quadril, mas maior risco de fratura1 de joelho. Associações positivas também existiram para atividade física moderada a vigorosa com fraturas de punho ou antebraço10 e para comportamento sedentário com fraturas totais.
Atividade leve e caminhada foram associadas ao menor risco de fratura1 de quadril, um achado com importantes implicações na saúde11 pública, porque essas atividades são comuns em adultos mais velhos. A associação positiva entre tempo sedentário e risco total de fratura1 requer investigação adicional.
Leia sobre "Caminhada", "Musculação para idosos", "Queda em idosos" e "Fratura1 do colo do fêmur12".
Fonte: JAMA Network Open, publicação em 25 de outubro de 2019.