Terapêutica tripla no tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica reduz exacerbações dos sintomas
Com o objetivo de comparar a taxa de exacerbações sintomáticas moderadas a graves entre terapia tripla, terapia dupla ou monoterapia em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), foi realizada uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos1 randomizados, incluindo dados disponíveis nas bases de dados PubMed, Embase, Cochrane e registros de ensaios clínicos1 pesquisados desde o início até abril de 2018.
Ensaios clínicos1 randomizados comparando terapia tripla com terapia dupla ou com monoterapia em pacientes com DPOC foram elegíveis para a revisão. Eficácia e resultados de segurança de interesse também estavam disponíveis.
Os dados foram coletados de forma independente. Metanálises foram realizadas para calcular os riscos relativos, as razões de risco e as diferenças médias com intervalos de confiança de 95%. A qualidade das evidências foi resumida de acordo com a metodologia GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development, and Evaluation).
No total 21 ensaios (19 publicações) foram incluídos. A terapia tripla consistiu de um antagonista2 muscarínico de ação prolongada (LAMA), β agonista3 de longa ação (LABA) e corticosteroide inalatório (ICS). A terapia tripla foi associada com uma taxa significativamente reduzida de exacerbações moderadas ou graves em comparação à monoterapia LAMA, terapia dupla com LAMA e LABA e terapia dupla com ICS e LABA. O volume expiratório forçado no primeiro segundo4 (VEF1) e a qualidade de vida foram favoráveis com a terapia tripla. O perfil geral de segurança da terapia tripla é reconfortante, mas a pneumonia5 foi significativamente maior com este tipo de terapia do que com a terapia dupla de LAMA e LABA (risco relativo 1,53; intervalo de confiança de 95% 1,25 a 1,87).
O uso da terapia tripla resultou em uma taxa mais baixa de exacerbações moderadas ou graves da DPOC, melhor função pulmonar e melhor qualidade de vida relacionada à saúde6 do que a terapia dupla ou monoterapia em pacientes com DPOC avançada.
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