Progressos no tratamento do melanoma e do câncer de pulmão são os destaques da conferência da American Society of Clinical Oncology (ASCO)
A conferência anual da American Society of Clinical Oncology (ASCO) de 2010 reuniu mais de 30 mil oncologistas em Chicago para a mais importante reunião sobre pesquisas em câncer1. Dentre os principais destaques estão os progressos no tratamento do melanoma2 metastático e do câncer1 de pulmão3.
Progresso no tratamento do melanoma2 avançado: ipilimumab melhora sobrevida4 de pacientes com melanoma2 metastático.
Os resultados da fase 3 da triagem clínica envolvendo pacientes com melanoma2 avançado, a forma mais letal de câncer1 de pele5, mostraram que o acréscimo de Ipilimumab, um medicamento imunoterápico experimental, ao tratamento com a vacina6 chamada gp100 prolonga a sobrevida4 além da observada com o uso da vacina6 como monoterapia.
O Ipilimumab é um anticorpo7 monoclonal que ativa as células8 T do sistema imune9, as quais procuram e destroem as células8 tumorais no organismo. Mesmo sendo benefícios modestos - pessoas que receberam ambos os tratamentos sobreviveram 10 meses, enquanto as que receberam a vacina6 sobreviveram 6 meses, em média – este é o primeiro progresso no tratamento do melanoma2 avançado dos últimos trinta anos.
O tratamento não está livre de efeitos adversos. A maioria dos pacientes tolera bem o Ipilimumab, mas a triagem clínica alerta para a possível ocorrência de inflamação10 no cólon11 e diarreia12.
Avanços no tratamento do câncer1 de pulmão3.
O destaque foi para o câncer1 de pulmão3 não-pequenas células8 (NSCLC), o qual representa cerca de 85% dos tumores do pulmão3. Muitos estudos apresentados enfocaram medicamentos que têm como alvo a proteína EGFR, incluindo o erlotinibe (Tarceva) e o gefitinibe (Iressa).
Uma das apresentações mais excitantes foi sobre as novas pesquisas com a droga crizotinibe (PF-02341066). O grupo estudado, que apresentava um tipo muito ativo da proteína ALK em tumores NSCLC e que usou o medicamento, apresentou um bloqueio desta proteína, a qual é importante para o controle do crescimento celular e sobrevida4, mostrando uma parada do crescimento das células8 tumorais. Este estudo contou com a participação de um pequeno número de pacientes e precisa ser reproduzido em maior escala.
Os resultados encontrados em apenas três anos da pesquisa mostram que os cientistas estão alcançando rápidos progressos na luta contra o câncer1.
Fonte: ASCO